Agências de fomento e bancos de desenvolvimento regionais que integram a Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE) se preparam para aderir ao Fundo Garantidor de Investimento (FGI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
As 24 associadas, que somam cerca de R$ 3,5 bilhões em carteira, querem aproveitar a resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), aprovada no fim de janeiro, que permitiu a compra de cotas de fundos garantidores de risco de crédito para aumentar a oferta de crédito para pequenos empreendedores este ano. Esses fundos foram autorizados pelo governo federal em 2009.
A ação dos bancos regionais será complementar à do BNDES e a adesão deve aumentar o patrimônio líquido do fundo, hoje em torno de R$ 700 milhões. A resolução do CMN atendeu a um pedido da ABDE. Segundo o novo presidente da entidade, Maurício Chacur, a falta de garantia é um dos principais obstáculos para a concessão de crédito para pequenas empresas.
Embora ainda não tenha uma estimativa do impacto da medida na capacidade de alavancagem dos agentes, já que a demanda este ano pode ser menor, por causa da recuperação da economia e do mercado privado de crédito, ele acredita que o acesso ao FGI facilitará o financiamento de pequenos negócios. "Garantia é sempre um problema quando a gente vai conceder crédito. E, quanto menor a empresa, maior a dificuldade para comprovar capacidade de pagamento ou oferecer bens como garantia", disse.
Segundo Chacur, o principal alvo das instituições ligadas à ABDE é o fundo do BNDES, que pode chegar a R$ 4 bilhões. Instituições regionais como o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) ou a Caixa RS poderão comprar cotas do FGI no valor de 0,5% do montante que querem garantir. O fundo honra 80% da dívida de inadimplentes, com limite de até 7% da carteira.
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