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Instituições financeiras

Bancos se preparam para possível calote dos EUA

Apesar de muitos em Wall Street considerarem um calote dos EUA improvável, bancos já estão se preparando para lidar com o impacto de um possível default. A Securities Industry and Financial Markets Association (Sifma), que representa centenas de instituições financeiras, desenhou um plano para que as plataformas de negócios ainda possam realizar operações envolvendo Treasuries. A entidade está contando com um anúncio do Departamento do Tesouro na véspera do vencimento dos papéis, o que permitiria ao mercado calibrar seus sistemas para reconhecer os títulos em default, que sairão do sistema.

Washington pode deixar de pagar suas dívidas se o Congresso e a Casa Branca não alcançarem um acordo para elevar o teto do endividamento, atualmente em US$ 16,7 trilhões. Além do trabalho da Sifma, bancos estão trabalhando fortemente para se preparar para a possível crise.

"Estamos focados nisso há um tempo. Estamos lidando com as pessoas chave em tecnologia da informação, financiamento e gerenciamento de risco para garantir que tudo continue funcionando. Mas o cenário vai ser complicado", disse uma fonte de um grande banco à Reuters.

Rob Toomey, diretor da Sifma, afirmou que a entidade presume que o Tesouro anunciará, na véspera do limite para o pagamento, que os pagamentos a credores serão feitos com um dia de atraso. Um pagamento faltando constituiria um calote. Mas se o Tesouro falhar em comunicar seus planos, os sistemas de operações mundiais agiriam como se o título tivesse sido paga.

Neste caso, o título desapareceria do sistema e não poderia mais ser comprado, vendido ou usado para outros acordos, explicou Toomey.

Enquanto os bancos esperam pelo cenário mais caótico possível, a agência de classificação de riscos acredita que as chances de um calote dos EUA são improváveis. Nesta segunda-feira, o diretor-executivo da agência, Ray McDaniel, afirmou ainda que o impacto da paralisação não deve ser particularmente pernicioso.

"Há uma boa chance de que resolvam a questão sobre o teto da dívida. Mesmo que não haja uma solução, acreditamos que a probabilidade de o Tesouro assegurar os pagamentos é muito alta", disse McDaniel.

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