Mesmo que a proposta de limitar o tráfego de dados na internet fixa tenha naufragado temporariamente no início do ano, as três principais operadoras do setor – Net, Vivo e Oi – alcançaram um faturamento bilionário com o serviço nos últimos meses. Segundo dados compilados pela Teleco, a receita líquida conjunta das teles com banda larga fixa alcançou R$ 10,2 bilhões no primeiro semestre de 2016.
Na época, o principal argumento das teles era de que o crescimento contínuo do tráfego de dados, alavancado pela visualização de vídeos, forçava as empresas a aumentar os investimentos nas redes para garantir o serviço – e sem os recursos extras que viriam com as franquias, não havia margem para investir.
Para o presidente da Teleco, Eduardo Tude, o argumento continua fazendo sentido, até porque o tráfego segue aumentando. A principal falha das operadoras, afirma, foi propor a mudança sem oferecer aos usuários uma noção clara de quanto cada um já consumia de internet – e, assim, se seriam ou não impactados.
“Muitos usuários ficaram apavorados, até porque não tinham noção do quanto consumiam e de qual seria o impacto da mudança. Na realidade, as operadoras não estão pensando no curto prazo, estão pensando no impacto disso (do aumento do tráfego de dados) mais pra frente. O importante agora é que haja uma discussão de fato e um amadurecimento do debate”, defende Tude.
Assinantes
Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que, em setembro deste ano, as operadoras somavam 26,52 milhões de assinantes de banda larga fixa.
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