O consumo de energia no Brasil ficou R$ 2,4 bilhões mais caro no primeiro trimestre deste ano devido à adoção do sistema de bandeiras tarifárias pelo governo federal. A arrecadação das distribuidoras vem em trajetória crescente desde o início do ano. Em janeiro, as bandeiras tarifárias geraram uma despesa adicional de R$ 413,9 milhões por parte dos consumidores. Esse montante subiu para R$ 823,1 milhões em fevereiro e alcançou R$ 1,159 bilhão em março, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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Painéis fotovoltaicos devem atender 13% das residências em 2050

A redução do custo e o incentivo à instalação de painéis fotovoltaicos nos telhados das residências devem provocar uma importante mudança na estrutura de fornecimento energético do sistema nacional brasileiro, sinalizou, na semana passada, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim. Segundo ele, projetos dessa naturez

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A elevação reflete o consumo de energia e o reajuste aprovado pela agência reguladora a partir de março. Em janeiro, quando o sistema começou a ser aplicado, o cliente pagava R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos nos meses em que o sistema operasse com a bandeira vermelha. No caso da bandeira amarela, o valor era de R$ 1,50 para cada 100 kWh.

Mas, em março, o valor foi reajustado para R$ 5,50 por 100 kWh na bandeira vermelha e R$ 2,50 por 100 kWh na bandeira amarela. Como desde o início do ano a bandeira acionada pela Aneel é a vermelha, o consumidor está pagando pelo valor adicional cheio.

Custo de geração

O sistema de bandeiras tarifárias tem como objetivo alertar o consumidor para o custo de geração de energia no país no respectivo mês, além de dividir com ele essa despesa. A conta mais salgada paga pelos consumidores beneficia as distribuidoras, responsáveis pelo fornecimento de energia ao consumidor final e compradoras de energia junto às geradoras.

Com as bandeiras tarifárias, a receita das distribuidoras é inflada de modo a evitar que o setor volte a precisar de recursos externos, assim como ocorreu principalmente em 2014.

Neste ano, o custo mais alto da energia, explicado principalmente pela falta de chuvas e pela necessidade de acionamento de térmicas, já é compensado a cada mês pelas bandeiras tarifárias. A própria distribuidora fica com a maior parte dos recursos adicionais oriundos do sistema.

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Distribuidoras que não obtêm volume condizente com suas necessidades são atendidas pela Conta Bandeiras, gerenciada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No mês passado, a Conta Bandeiras recebeu R$ 218,86 milhões de 38 distribuidoras. O volume excedente foi destinado a 21 distribuidoras que arrecadaram aquém das necessidades, informou a CCEE nesta quarta-feira (13).