O comissário de mercado interno da União Europeia, Michel Barnier, principal regulador financeiro da UE, pediu ao governo francês para prosseguir com suas reformas planejadas, apesar de a comissão ter permitido mais dois anos para o cumprimento da meta do déficit orçamentário.
Olli Rehn, comissário europeu de assuntos econômicos e monetários, disse na sexta-feira que a França precisava urgentemente desbloquear o seu potencial de crescimento e criar empregos, acrescentando que Espanha, Itália e Holanda, assim como a França - quatro das cinco maiores economias da zona do euro - permanecem em recessão este ano.
A França, que reafirmou na sexta-feira que reduziria o déficit abaixo dos 3 por cento em 2014, apenas um ano depois do prazo original, deve reformar seu sistema trabalhista e de pensões para aumentar a sua competitividade e para superar sua crise de desemprego, disse Barnier.
"É um momento da verdade para o governo, que precisa ter a coragem política para realizar estas reformas, que algumas vezes não serão compreendidas, e exigir um esforço", afirmou ele à rádio francesa Europe 1 em entrevista.
Ministros das Finanças da UE tinham dado à França até este ano para reduzir o seu déficit abaixo dos 3 por cento do PIB, e a Espanha tem prazo até 2014. Mas, enquanto a França espera que sua economia cresça 0,1 por cento este ano, a Comissão Europeia prevê uma contração de 0,1 por cento.
A concessão de mais tempo é uma vitória para o presidente francês, François Hollande, que ganhou as eleições prometendo um foco no crescimento e menos na austeridade, mas mostrou poucas políticas econômicas após um ano no cargo.
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