As barreiras contra as importações aplicadas pelo governo da presidente Cristina Kirchner estão colocando em crise o setor nacional de elevadores. Segundo a Federação de Associações e Câmaras de Elevadores da Argentina (Facara), "desde 2012 as barreiras atingiram o setor de forma gradual". "Atualmente essas empresas estão numa situação crítica já que não entram os insumos que são indispensáveis para a fabricação e manutenção dos equipamentos por parte das empresas nacionais". As empresas de pequeno e médio porte nacionais, que empregam 15 mil pessoas, dominam 85% do mercado argentino de elevadores.
Em 2011, um ano antes das primeiras barreiras do governo Kirchner contra as importações de insumos do setor, as empresas instalaram 4.500 elevadores. Em 2012, por causa das restrições alfandegárias - e da redução da atividade da construção civil derivada das restrições sobre o dólar -, as indústrias de elevadores começaram a registrar uma queda de sua atividade. As previsões do setor, para 2013, é que o total de elevadores instalados não passe de 3.500 em todo o país.
As barreiras aplicadas pelo secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, provocaram uma crescente escassez de componentes eletrônicos e guias para elevadores no país, que tem atualmente 200 mil elevadores em funcionamento. Um de cada quatro argentinos usa os elevadores como meio de transporte todos os dias.
A Câmara de Importadores da Argentina (Cira) alertou para os problemas no setor de saúde causados pelas barreiras para a entrada de equipamentos e insumos importados. As barreiras são aplicadas pelo governo em nome da "defesa da produção nacional". No entanto, esses insumos praticamente não têm similares fabricados na Argentina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.