O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (3) que a base aliada no Congresso Nacional deverá manter o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à paralisação de algumas obras da Petrobras por suspeitas de irregularidades. Padilha disse que a base está sensível ao tema e enfatizou que a intenção do presidente foi preservar empregos. A votação do veto está prevista para acontecer até a próxima terça-feira (9).
"Tenho absoluta certeza e convicção de que a base será sensível à importância das obras da Petrobras", disse o ministro após participar de uma reunião com a bancada do PP.
Padilha afirmou que o governo aceitou a votação do veto para reafirmar que sua prioridade no Legislativo é a aprovação dos projetos que tratam da mudança do modelo de exploração do petróleo na camada pré-sal. A oposição tinha colocado o veto como um empecilho para a votação. "Nós aceitamos para dizer claramente que a nossa prioridade é o pré-sal. Por isso aceitamos analisar e votar".
Na lista de obras liberadas pelo veto de Lula estão as refinarias Abreu e Lima (PE) e Presidente Getúlio Vargas (PR), o terminal de escoamento de Barra do Riacho (ES), o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). O ministro enfatizou que a decisão de Lula visou a manutenção dos cerca de 25 mil empregos que estão ligados diretamente a estas obras.