Referência em agropecuária, a cooperativa Batavo apresentou nesta semana aos seus cooperados um projeto de instalação de um parque eólico nos Campos Gerais. O complexo teria 30 aerogeradores que custariam em média R$ 240 milhões. A intenção da cooperativa de origem holandesa é disputar os leilões nacionais de energia. O projeto está em fase de planejamento e ainda depende de licenciamento ambiental.
O parque eólico da Batavo seria instalado em fazendas de Carambeí município sede da cooperativa. Ele pretende gerar 60 megawatts, suficiente para abastecer 27 mil domicílios. "Queremos participar dos leilões de energia, porque todos sabem que o Brasil é carente em energia e é uma área que está crescendo", considera o gerente-geral da Batavo, Antonio Carlos Campos. A Batavo está ampliando as áreas de negócios e tem hoje 742 cooperados e um faturamento anual de R$ 1,4 bilhão.
O parque eólico ainda não disputa os leilões de energia deste ano. O primeiro, de energia de reserva, acontece no próximo dia 31, enquanto que o segundo, de empreendimentos construídos cinco anos antes da oferta da energia, está marcado para 28 de novembro.
Conforme informações da empresa de consultoria que realizou o projeto ambiental, o pedido de licença prévia será protocolado até o final deste ano no Instituto Ambiental do Paraná (IAP). O estudo e o relatório de impactos ambientais já estão prontos. Após a análise, a Batavo deve conduzir uma audiência pública para validar o processo.
Viabilidade
Segundo Campos, a cooperativa vai buscar parceiros para custear a instalação da usina entre os próprios cooperados e cooperativas de fora. O principal argumento será a viabilidade técnica para a produção de energia eólica na região. Além de medições de vento feitas com torres próprias, a cooperativa usa estatísticas da Copel e da Embrapa. "Os resultados são favoráveis e isso fez com que déssemos continuidade no projeto", afirma. Com boa produção, o empreendimento consegue oferecer preços mais competitivos nos leilões.