O Banco do Brasil deve entrar com mais força no programa de habitação "Minha Casa, Minha Vida" a partir de agora, segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, começando a operar como agente financiador para famílias com renda de até três salários mínimos.
A instituição começou a atuar no programa em setembro de 2009, apenas na área de financiamento da produção. Em julho do ano passado, o BB passou a conceder crédito para pessoas físicas com renda de três a 10 salários mínimos. Do total de 1,005 milhão de contratações feitas pelo programa entre 2009 e 2010, o banco respondeu por aproximadamente 4 mil unidades, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
A ministra fez o anúncio nesta sexta-feira, durante encontro na capital paulista com executivos da indústria de incorporação e construção, dirigentes da Caixa Econômica Federal e do BB. De acordo com Miriam, a Caixa já está repassando ao BB as informações para que a instituição possa começar a atuar em 2012 principalmente no financiamento de empreendimentos para famílias que ganham até três salários mínimos.
A ministra revelou ainda que o banco precisará trabalhar ao longo deste ano para montar a estrutura necessária para operar no programa habitacional. O Banco do Brasil deverá agir de forma complementar à Caixa. Miriam destacou, no entanto, que o funcionamento da parceria exigirá um esforço de articulação dentro do governo.
Nova etapa
Na reunião, a ministra também informou detalhes da segunda etapa do programa "Minha Casa, Minha Vida". Segundo Miriam, as unidades habitacionais destinadas para a faixa de renda de até três salários mínimos terão preço médio de R$ 54.940, contra os R$ 42 mil da primeira fase do programa. Os preços variam por região.
Há agora também uma preocupação maior com a qualidade dos imóveis e com o acabamento. As plantas serão maiores de modo a facilitar o acesso de portadores de necessidades especiais, fazendo com que as moradias tenham, por exemplo, portas e janelas mais amplas, "que realmente iluminem o recinto", disse o presidente da Caixa, Jorge Hereda. Com informações da Agência Brasil.
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