Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal pretendem deixar a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se a entidade aderir ao manifesto encabeçado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), com participação de outras entidades do campo econômico, que vai pedir harmonia dos Três Poderes para o país poder voltar a crescer. A carta deve ser publicada nesta semana mostrando preocupação com o avanço da crise institucional, além de defender reformas.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o próprio presidente Jair Bolsonaro já estariam informados da decisão dos dois bancos estatais.
Apurações dos jornais O Globo, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo apontam que a carta, que está sendo redigida, não cita nenhum Poder especificamente. Os três são citados simultaneamente. Tampouco são citados nominalmente nem o presidente da república, nem os líderes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mesmo assim, as direções do BB e da Caixa encaram o documento como uma crítica à política econômica do governo federal, o que seria incabível aos dois bancos, já que o governo é o principal acionista de ambos.
A visão é também de que ao aderir à carta a Febraban estaria tomando um posicionamento político, o que não é aceito na gestão de bancos públicos. Caixa e Banco Brasil também estariam questionando por que a federação dos bancos não agiu da mesma forma em outros momentos de crise, como no impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e na Operação Lava Jato.
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