O relaxamento das medidas macroprudenciais que vigoravam desde o fim do ano passado e a utilização de uma estratégia mais agressiva para manter a atual clientela fizeram com que o Banco do Brasil (BB) emprestasse R$ 5,587 bilhões a pessoas físicas em novembro, contra R$ 2,8 bilhões no mesmo mês de 2010. O valor, que corresponde ao dobro do que havia sido financiado no período anterior, não inclui operações de crédito imobiliário e de veículos.
"Ao mesmo tempo, aumentamos o limite de crédito em R$ 68 bilhões para 4,2 milhões clientes das classes A, B e C", disse o vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Paulo Rogério Caffarelli.
"Dentro dessa estratégia, em dezembro os números não serão diferentes", acrescentou.
Ele afirmou que os números relativos a veículos e à casa própria também são elevados. Há apenas três anos oferecendo crédito imobiliário, o BB pretende sair da quinta para a terceira posição no ranking do mercado brasileiro já em 2013. Hoje lideram as operações, por ordem de grandeza, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Banco do Brasil e HSBC.
"O Brasil tem, hoje, 8 milhões de famílias sem casa própria. Temos como vantagem em relação a outros bancos uma "gordura" de R$ 5 bilhões a mais", afirmou, completando que a instituição também está intensificando as relações com as construtoras.
Já a média de empréstimos para o financiamento de automóveis, que em outubro era de R$ 168 milhões, passou a R$ 226 milhões.
Já o vice-presidente de gestão financeira, mercado de capitais e relações com investidores do BB, Ivan Monteiro, disse que, até setembro último, a instituição emprestou US$ 17 bilhões em operações de comércio exterior, batendo mais um recorde. Segundo ele, a escassez de linhas de financiamento na Europa, devido ao recrudescimento da crise, está sendo compensada, no mercado interbancário, por asiáticos, latinos e americanos.
"Estamos batendo todos os recordes no comércio exterior", disse Monteiro.
Banco Postal receberá depósito em cheque e outras operações a partir do dia 2
O Banco Postal dos Correios, que a partir do próximo dia 2 passa a operar como correspondente do BB, realizará empréstimos a pessoas jurídicas, permitirá depósitos em cheques, DOC e TED, além dos serviços que eram oferecidos pelo Bradesco no Banco Postal. A informação foi dada nesta terça-feira pelo vice-presidente de Varejo, Distribuição e Operações do Banco do Brasil, Alexandre Abreu.
"O Bradesco não abandonou o Banco Postal, mas perdeu a concorrência", disse Abreu.