Maior banco brasileiro e indutor da política de redução de juros do governo Dilma, o Banco do Brasil teve lucro líquido recorde de R$ 7,472 bilhões no segundo trimestre, mais que o dobro dos R$ 3 bilhões registrados em igual período do ano passado e quase três vezes os R$ 2,56 bilhões obtidos entre janeiro e março deste ano. No acumulado do semestre, o lucro do BB também foi recorde, de R$ 10 bilhões. O banco havia reportado ganho de R$ 5,5 bilhões na primeira metade do ano passado.
Excluindo efeitos não recorrentes, que incluíram a oferta de ações da BB Seguridade, o lucro líquido ajustado do Banco do Brasil foi de R$ 2,634 bilhões no segundo trimestre deste ano, 11,8% menor que o ganho do mesmo período de 2012.
O forte crescimento do lucro do BB ficou em linha com a expansão anual de 25,7% nos financiamentos, totalizando R$ 638,7 bilhões ao final de junho deste ano, à frente de Bradesco (R$ 402,5 bilhões), Santander (R$ 218,1 bilhões) e Itaú (R$ 467,5 bilhões). Descontados avais e fianças, a carteira do BB somou R$ 595,8 bilhões.
A inadimplência acima de 90 dias do banco encerrou junho em 1,65% -menor patamar registrado nos últimos 11 anos.
Sem contar o Banco Votorantim, especializado no financiamento de carros usados, a inadimplência foi ainda menor, de 1,65%.
Apesar da baixa inadimplência, o BB aumentou as despesas com provisões para calote em 14,8% na comparação anual, para R$ 4,22 bilhões, mesmo tendo mantido a estratégia de elevar o crédito de menor risco, como consignado e financiamento imobiliário.
Projeções
Ao contrário do Bradesco e do Itaú, que revisaram para baixo suas projeções de crescimento da carteira de crédito em 2013, o Banco do Brasil elevou sua expectativa para um aumento entre 17% e 21%. Antes, a faixa projetada era de 16% a 20%.
O maior otimismo do banco é com o crédito para as empresas, que deve ter crescimento entre 18% e 22% em 2013, segundo as novas projeções do BB -a estimativa anterior era entre 16% e 20%.
O BB também elevou a perspectiva de crescimento do crédito ao agronegócio, que passou de uma alta entre 13% e 17% para avanço entre 22% e 26% no ano.
Por outro lado, o banco diminuiu sua projeção para o crédito às pessoas físicas em 2013, passando de um crescimento entre 18% e 22% para faixa entre 16% e 20%.