O dólar caiu ontem ao menor nível em quase quatro meses ante o real, refletindo ingressos de recursos melhorando nas últimas horas da sessão pós-Carnaval. Com isso, o Banco Central voltou a intervir no mercado, por meio de um leilão de compra de dólar no mercado à vista, para evitar que a moeda norte-americana rompesse o patamar de R$ 1,70.
Mesmo assim, a moeda norte-americana caiu 0,41%, para R$ 1,707 na venda. É o menor patamar desde 31 de outubro, quando a cotação terminou em R$ 1,7026 na venda. Ao longo da jornada, a taxa de câmbio oscilou entre mínima de R$ 1,7042 (-0,57%) e máxima de R$ 1,7175 (+0,20%).
A entrada de fluxo no país puxava a cotação do dólar para baixo, segundo o operador de câmbio da corretora Renascença José Carlos Amado. "Num dia de baixa liquidez, pequenas entradas de dólar já são suficientes para desvalorizar a moeda", afirmou.
Às 14h55, quando o dólar estava perto das mínimas do dia, a autoridade monetária anunciou um leilão de compra de moeda à vista, definindo como corte a taxa de R$ 1,7083. Foi a segunda operação desse tipo que o BC realizou desde que voltou a comprar dólares no mercado, há pouco mais de duas semanas.
Nas últimas sete sessões, no entanto, a autoridade monetária não atuou no mercado. Além dos leilões à vista, o BC também tem atuado com leilões de compra a termo, com data de liquidação diferenciada.
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