Depois de oscilar durante a manhã, o dólar voltou a apresentar alta no início da tarde desta terça-feira (27) e acabou terminando o dia com valorização sobre o real, perto da máxima do pregão. No fechamento, a divisa norte-americana valia R$ 2,33, com alta de 0,86% sobre o fechamento da véspera.

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O Banco Central (BC) realizou leilão de dólares no mercado à vista, tentando garantir trajetória de baixa no preço da moeda. A operação foi realizada pelo Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin). A taxa de corte para a venda da moeda ficou em R$ 2,315.

Entretanto, a atuação da autoridade monetária teve pouco efeito sobre a moeda, que continuou em alta. "Está pesando muito o mercado internacional", avaliou Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora, mencionando a valorização das bolsas de valores e o movimento global de queda do dólar neste pregão.

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"Apesar do movimento externo, o dólar não refletiu essa melhora", observou Gerson de Nobrega, gerente da tesouraria do Banco Alfa de Investimento, lembrando que é normal uma maior volatilidade no mercado nesse período por conta da definição da cotação de fechamento do mês que baliza os contratos futuros.

Poucos negócios Nobrega citou ainda a contribuição de um volume de negócios menor que o habitual para as oscilações das cotações nesta sessão. Segundo os dados mais recentes atualizados pela BM&F, o volume negociado no mercado de dólar à vista era pouco maior que US$ 1 bilhão, cerca de metade da média total diária do mês.

Operadores de câmbio ainda mencionaram que as novas exigências do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para a importação de alguns produtos geraram cautela entre os investidores.

"Eu acho que essa medida é um negócio que assusta o mercado de maneira geral. Está todo mundo aflito com o que pode vir pela frente", avaliou João Medeiros, diretor de câmbio da Pioneer corretora.