O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (9) o mais amplo programa de aumento da circulação de cédulas e moedas de pequeno valor desde a criação do Plano Real. Serão colocadas 460 milhões de novas notas de R$ 2 e R$ 5 nos bancos e 1,4 bilhão de moedas de todos os valores, mas principalmente de R$ 1 e R$ 0,50. A intenção é ampliar a oferta de troco no varejo, reclamação antiga de comerciantes e clientes, e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade das cédulas usadas pelos brasileiros.
O diretor de administração do BC, Anthero Meirelles, explicou que serão impressas 350 milhões de novas notas de R$ 2, o que vai aumentar a circulação dessa cédula em 50%. Também serão lançadas 110 milhões de novas notas de R$ 5, elevando o volume em circulação em 30%. Nesse programa, só serão incluídas essas cédulas de menor valor. "Porque são as mais desgastadas e mais demandadas", explicou.
As notas de R$ 1 não são impressas desde 2005, mas continuam em circulação e estão sendo retiradas gradativamente do mercado desde então. Além das novas cédulas, o BC colocará 1,4 bilhão de novas moedas em circulação. Isso vai ampliar o volume em circulação em 10%. Desde a criação do real em 1994, já foram colocados cerca de 14 bilhões de moedas em circulação. Anthero Meirelles explicou que o programa custará aos cofres públicos cerca de R$ 320 milhões. Desse valor, cerca de R$ 120 milhões serão usados para a produção das cédulas e R$ 200 milhões para a confecção das moedas.