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Em um discurso de 15 minutos, o presidente do Banco Central (BC) Alexandre Tombini, enfatizou por três vezes que o objetivo da autoridade monetária é fazer com que a inflação convirja à meta, de 4,5%, no ano que vem. "Desde o início do ano, o processo de ajuste da política monetária vem assentando as bases para que a inflação convirja à meta em 2012", comentou, acrescentando que será no quarto trimestre deste ano que as medidas adotadas pela autoridade monetária para desacelerar o nível de atividade e conter a alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingirão o seu ápice.

Tombini também deu outro recado, bem claro, ao ressaltar que a "inflação já está em trajetória declinante, mas o BC está vigilante". Em seguida, ele enfatizou que "o BC não hesitará em medidas para que a inflação convirja à meta em 2012".

Os comentários de Tombini foram feitos menos de uma semana depois da divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ocorrida em julho. Vários analistas avaliaram que a supressão do termo, no documento, relativo à convergência da meta para 2012, que constava na ata do encontro anterior, causou ruído e que seria oportuno que a direção do BC se manifestasse rapidamente que a busca da meta no que vem seria mantida, sem ser adiada para 2013.

EUA

O presidente do Banco Central afirmou que seja qual for o desdobramento das questões relacionadas aos EUA, especialmente as que se referem aos temas fiscais, há uma perspectiva de menor expansão da economia norte-americana no médio prazo, o que traria efeitos sobre a economia mundial.

"Há um provável adiamento do processo de normalização global", disse. "A economia brasileira é preparada para enfrentar um cenário externo complexo", emendou.

Segundo Tombini, o Brasil está forte para enfrentar os desafios do cenário internacional, pois possui demanda doméstica robusta, sistema financeiro vigoroso, entre outras condições. Tombini citou ainda a solidez das contas externas, mencionando, especificamente, o nível de reservas cambiais, que era de US$ 346,14 bilhões em julho. De acordo com o presidente do Banco Central, o nível é superior ao registrado antes da crise de 2008.

Tombini, contudo, afirmou que caso o cenário internacional imponha dificuldades à economia brasileira, o Banco Central está preparado para adotar medidas com o intuito de proteger ao máximo a economia nacional.

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