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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu ontem, por unanimidade, manter a taxa Selic em 11% ao ano. Foi a terceira manutenção seguida do juro básico, após uma sequência de nove altas, iniciada em abril do ano passado. A decisão já era aguardada pelo mercado, devido à economia fraca, após dois trimestres seguidos de queda do Produto Interno Bruto (PIB), o que, segundo alguns economistas, coloca o país em um quadro de recessão técnica.

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INFOGRÁFICO: Veja os reajustes da taxa Selic

Levantamento feito pela Bloomberg mostrou que a manutenção era a aposta de 53 dos 54 economistas ouvidos – apenas um via corte de 0,25 ponto percentual, o que levaria a Selic a 10,75% ao ano. Os juros altos estão entre os motivos apontados para o baixo nível de investimentos por parte da iniciativa privada. No segundo trimestre, por exemplo, os investimentos em máquinas para a produção, transporte, agropecuária, energia, entre outros, e em construção civil tiveram forte retração de 5,3%.

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A maior parte dos economistas vê a estabilidade no juro básico até o fim de 2014, pelo menos. O próximo encontro do Copom está marcado para 28 e 29 de outubro, logo após a data marcada para o segundo turno das eleições.

Previsões

O economista Flávio Combat, da Concórdia Corretora, avalia que "o mais provável é que o BC promova um novo aperto monetário em 2015, tendo em vista o conjunto de preços que terão de ser ajustados [gasolina, energia elétrica, tarifas de transporte] e o seu impacto inflacionário". Assim, Combat projeta que a Selic estará em 12,25% ao ano no fim do ano que vem.

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