O Banco Central da Suíça poderá voltar a intervir no mercado de câmbio para enfraquecer o franco suíço, se necessário, afirmou o presidente da instituição, Thomas Jordan, apenas dois dias depois de decidir abandonar o limite cambial do franco, o que levou à forte valorização da moeda.

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Em entrevista ao jornal suíço Neue Zürcher Zeitung, Jordan disse que o BC suíço foi obrigado a desistir da taxa mínima de 1,20 franco suíço por euro, que estava em vigor desde 2011, devido a eventos econômicos divergentes e ao crescente risco inerente a suas operações de compra de euros.

Segundo Jordan, o BC da Suíça vai continuar monitorando a situação e, se preciso, voltará a agir.

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A inesperada decisão, anunciada na quinta-feira, causou forte turbulência nos mercados financeiros e levou o franco suíço a se valorizar até cerca de 30%, antes de encerrar o dia em alta de 15% frente ao euro, perto da taxa de paridade.

A taxa mínima, introduzida pelo BC suíço em setembro de 2011, tinha como objetivo afastar a deflação e garantir a competitividade das empresas suíças.

Nos últimos dois dias, o valor de mercado de grandes empresas suíças, como a Nestlé e a Novartis, sofreu forte queda diante da repentina e extrema valorização do franco.