Pelo quinto dia seguido, o Banco do Japão (BOJ, o banco central japonês) ofereceu fundos para o mesmo dia, no valor de 3 trilhões de ienes (US$ 37 bilhões) pela manhã (no horário local). Deste total, as empresas financeiras tomaram 1,677 trilhão de ienes. Mais tarde, o banco central anunciou 1 trilhão de ienes (US$ 12 bilhões) adicionais - totalizando US$ 49 bilhões - e recebeu demanda para 300 milhões de ienes. Os recursos para o mesmo dia ficam disponíveis imediatamente para as instituições que estão sem caixa.
A nova injeção de fundos do BOJ no mercado ocorreu paralelamente a uma ação conjunta do Japão e de seus parceiros do G-7 (grupo das sete maiores economias do mundo) para enfraquecer o iene. Ontem, a moeda japonesa atingiu uma máxima histórica de 76,25 ienes frente ao dólar, impondo uma ameaça à economia japonesa, que é dependente de exportações. O Japão luta atualmente contra os efeitos, na economia, do terremoto seguido de tsunami que atingiu o país na semana passada.
Uma pessoa com conhecimento sobre o pensamento do BOJ afirmou que "o banco vai continuar fornecendo ampla liquidez, junto com os ienes injetados por meio de intervenções". "Como o banco já ofereceu grandes fundos, será difícil distinguir que recursos provêm de intervenções."
O BOJ vem injetando liquidez no mercado monetário de curto prazo desde segunda-feira, em meio a preocupações com a capacidade de os bancos do país atenderem ao aumento da demanda de empresas e pessoas físicas por fundos. Em um comunicado, o presidente do BOJ, Masaaki Shirakawa, afirmou hoje que "o Banco do Japão vai buscar um afrouxamento monetário poderoso e, para garantir a estabilidade dos mercados financeiros, vai continuar fornecendo ampla liquidez".
Outras operações realizadas hoje incluíram a compra de 2 trilhões de ienes em bônus do governo japonês por meio de acordos de recompra reversa e compras de 150 bilhões de ienes em títulos do Tesouro com desconto por meio do programa de compra de ativos do BOJ. O banco central também ofereceu 2 trilhões de ienes em fundos para duas semanas e 3 trilhões de ienes em empréstimos para um mês e meio.
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