Operadores da bolsa de Nova York acompanham divulgação dos juros nos EUA.| Foto: SPENCER PLATT/AFP

Diante de sinais mistos da saúde da economia americana, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) decidiu nesta quarta-feira manter as taxas de juros inalteradas. A autoridade monetária destacou que o mercado de trabalho melhorou, a inflação se fortaleceu, mas o crescimento econômico do país perdeu fôlego.

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O comitê de política monetária pontuou que o consumo das famílias — maior peso do PIB americano — tem desempenho “moderado”, enquanto os investimentos e as exportações continuam “suaves”.

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As boas notícias vieram dos números do mercado de trabalho, que fortalecem a tese de que . O Fed lembrou que a renda do trabalhador americano continuou a subir e a confiança do consumidor permanece positiva, em linha com a contínua criação de emprego. Outro ponto de otimismo é a melhora da construção civil.

A percepção do BC americano em relação à economia global também melhorou. No pronunciamento anterior, em março, o Fed havia descrito as condições da economia mundiais como riscos para o crescimento doméstico. Agora, na note desta quarta-feira, a autoridade monetária simplesmente disse que monitora o desenvolvimento da economia global.

A expectativa, agora, é em relação a uma possível elevação dos juros em junho, que pode ocorrer, caso o otimismo do Fed em relação aos dados de emprego e renda e à inflação continue. A alta de preços, no entanto, ainda continua abaixo da meta de 2% da autoridade monetária.

“Eu acho que eles estão no modo ‘esperar e ver’. Junho pode ser cedo demais para uma alta, a menos que vejamos uma alta decente nos números de inflação. Para mim, parece altamente improvável”, disse Brian Jacopsen, estrategista do Wells Fargo Asset Management, em entrevista à Reuters.