O Banco Central informou nesta sexta-feira (25) que decidiu elevar de 42% para 43% a alíquota do depósito compulsório (recursos que têm de ser mantidos na autoridade monetária pelos bancos) sobre depósitos à vista que estão nos bancos no início de julho.
A operação, segundo a autoridade monetária, irá retirar R$ 1,6 bilhão em recursos da economia. O impacto financeiro da operação acontecerá em 7 de julho. Em março, o BC já havia retirado R$ 71 bilhões da economia, recursos que haviam sido liberados durante a crise financeira interancional.
Segundo o BC, a alíquota do compulsório sobre depósitos à vista continuará subindo nos próximos anos, o que vai implicar na retirada de mais recursos da economia brasileira no futuro. Em julho de 2012, a alíquota avançará para 44% e, em julho de 2014, subirá para 45%.
Ao mesmo tempo, a instituição informa que, também a partir do começo de julho, a exigibilidade (direcionamento) de aplicação em crédito rural, atualmente em 30%, recuará para 29%. A cada ano, a exigibilidade cairá mais um ponto percentual, até julho de 2014, quando estará em 25%. O BC lembra que essa regra já havia sido aprovada anteriormente pelo governo.
Ao retirar recursos da economia, por meio do aumento da alíquota do compulsório sobre depósitos à vista, o BC também atua, de certa forma, para conter o aquecimento da economia - uma vez que estes recursos não estarão mais à disposição dos bancos para empréstimos. Para conter pressões inflacionárias, fruto do forte ritmo de crescimento, o BC já subiu os juros em abril e junho deste ano, para 10,25% ao ano.
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