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Política monetária

Banco Central eleva estimativa do PIB e menor probabilidade de estouro da meta de inflação

Banco Central
Autoridade monetária prevê crescimento de 2% do PIB e menor probabilidade de estourar a meta de inflação de 4,75%. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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O Banco Central confirmou que o crescimento da economia brasileira será maior do que o estimado inicialmente e que o estouro da meta de inflação neste ano pode ser menor do que o esperado. As informações fazem parte do Relatório de Inflação de Junho, divulgado na manhã desta quinta (29).

Segundo a autoridade monetária, a estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços do país) foi elevado de 1,2% para 2% para o ano. Esse aumento se deu por conta do crescimento da atividade econômica no primeiro trimestre (1,9%), “superando amplamente as expectativas”.

“A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 passou de 1,2%, no Relatório de Inflação anterior, para 2,0% neste Relatório, em razão da surpresa positiva no primeiro trimestre. Apesar dessa elevação, a projeção continua refletindo cenário prospectivo de desaceleração da atividade econômica”, diz o Banco Central no relatório (veja na íntegra).

Já a probabilidade de estouro da meta de inflação de 4,75% agora é de 61%, uma queda de 22 pontos percentuais. “A surpresa baixista deveu-se principalmente ao segmento de alimentação no domicílio e ao componente exsubjacente da inflação de serviços”, diz a autoridade monetária.

O BC afirma que há um processo de “arrefecimento” da inflação para os próximos meses, considerando as variações na margem. No entanto, espera-se uma maior inflação acumulada em doze meses ao longo do segundo semestre por conta da retomada de tributos que haviam sido reduzidos entre o final do ano passado e o início de 2023.

A autoridade monetária afirma, ainda, que também houve um recuo das expectativas de inflação para prazos mais longos, “associada a incertezas menores em relação à situação fiscal e à percepção de que a possível elevação da meta de inflação para os próximos anos ficou menos provável”. O Conselho Monetário Nacional (CMN), que define as metas de inflação, se reúne na tarde desta quinta (29).

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