BC eleva projeções de inflação para 2006 e 2007, mas mantém a de crescimento do PIB

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O Banco Central elevou suas projeções de inflação para 2006 e 2007, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quarta-feira. No entanto, a estimativa para o crescimento da economia é de 4%, sem variação em relação ao relatório anterior, divulgado em março.

O BC estima que o IPCA - índice utilizado no sistema de metas de inflação - encerrará 2006 com alta de 3,8%, pouco acima da taxa de 3,7% projetada no relatório do primeiro trimestre.

Para 2007, a projeção foi alterada para 4,2%, contra 3,9% estimados anteriormente, conforme o cenário de referência com que trabalha o BC.

A meta perseguida pelo BC em 2006 e 2007 é de 4,5%, com intervalo de tolerância de dois pontos.

De acordo com as estimativas realizadas pelo BC, a probabilidade estimada de a inflação superar o limite superior do intervalo de tolerância de 2 pontos percentuais para a meta de inflação de 2006 é de cerca de 4%.

Para 2007, a elevação deve-se essencialmente do fato de a taxa Selic, nos atuais exercícios de projeção, ser 125 pontos inferior à considerada no Relatório anterior. Todavia, mesmo com esse patamar mais elevado, o valor de 4,20% projetado para a inflaçãoacumulada em 2007 continua sendo inferior à meta fixadapelo CMN para o período.

O alvo de 2008 será definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na quinta-feira.

CRESCIMENTO DO PIB - Segundo o BC, a evolução da economia brasileira no primeiro trimestre de 2006 manteve, em linhas gerais, o cenário traçado no último "Relatório de Inflação", registrando continuidade da recuperação observada ao final de 2005 e aumento expressivo dos investimentos.

A retomada da atividade econômica ocorreu de forma generalizada, considerados tanto os setores produtivos como os indicadores de demanda, enquanto o crescimento dos investimentos refletiu, principalmente, o desempenho favorável da construção civil e da produção e importação de bens de capital.

"Nesse contexto, permanecem favoráveis as perspectivas demanutenção do crescimento sustentado da economia nos próximos trimestres", diz o relatório.