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BC intervém e limita avanço do dólar

O Banco Central interveio ontem no mercado de câmbio para frear a alta do dólar, após a cotação da moeda bater na máxima do dia em R$ 2,059, uma alta de 2,64%. O BC vendeu contratos de swap cambial, o que equivale a oferecer dólares no mercado futuro. Após a venda dos 13 mil contratos, a moeda americana recuou e encerrou o dia com valorização de 0,64%, a R$ 2,019, ainda assim a maior cotação em 11 meses, em movimento muito influenciado pelos problemas na Grécia e na Europa. O dólar turismo subiu 1,88% cotado a R$ 2,16 na venda.

O Ibovespa, principal índice da BM&F Bovespa, fechou positivo, na contramão de Europa e Estados Unidos, com alta de 0,88%, aos 54.513 pontos e volume negociado de R$ 8,9 bilhões. Com isso, pôs fim a uma sequência de oito quedas consecutivas. Mas o Ibovespa ainda recua 11,28% no mês e 3,95% no ano. Foi a pior semana da Bovespa desde aquela encerrada em 5 de agosto de 2011, quando caiu 9,99%, após os EUA perderem seu rating "AAA".

No mercado de câmbio, o mercado testou o BC após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter declarado, durante a semana, que um dólar a R$ 2 não preocupa o governo. "O mercado levou o dólar para o patamar que quis, com o objetivo de testar o Banco Central e observar em qual patamar a autoridade monetária interviria para tentar frear a cotação", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.

Na semana, a alta acumulada do dólar foi de 3,22%; no ano, de 7,36%. Lá fora, o euro avançou 0,10% frente à moeda americana, a US$ 1,272. Segundo Galhardo, as remessas de dólares para o exterior se acentuaram nos últimos dias.

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