O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central destacou na ata da reunião realizada na semana passada e divulgada hoje, a necessidade de atualização de algumas regras vigentes atualmente no sistema financeiro em meio ao processo de flexibilização monetária. No encontro, ocorrido no fim de abril, o BC reduziu em um ponto porcentual a taxa básica de juros brasileira, a Selic, passando de 11,25% para 10,25% ao ano, no menor nível da história do País.
De acordo com o documento, "o Comitê entende que a continuidade do processo de flexibilização monetária torna premente a atualização de aspectos resultantes do longo período de inflação elevada, que subsistem no arcabouço institucional do sistema financeiro nacional". Atualmente, a equipe econômica avalia eventual mudança na rentabilidade da caderneta de poupança para fazer face a um cenário de juros mais baixos.
Ainda segundo a ata, os membros do Copom afirmam que "o espaço para distensão monetária adicional" leva em conta "o fato de que mudanças da taxa básica de juros tem efeitos sobre a atividade e sobre a dinâmica inflacionária que se acumulam ao longo do tempo".
O Copom diz ainda, na ata, que o desaquecimento da demanda criou "importante margem de ociosidade dos fatores de produção, que não deve ser eliminada rapidamente em um cenário de recuperação gradual da atividade econômica". O documento cita que a redução da demanda foi motivada pelo aperto das condições financeiras e pela deterioração da confiança dos agentes econômicos. Na avaliação dos membros do Copom, a retração da demanda deve contribuir para conter as pressões inflacionárias, "abrindo espaço para a flexibilização da política monetária".
Inflação
Para o Copom, o mercado financeiro ainda não incorporou integralmente a melhora das condições futuras para a inflação. "A propósito, essa evolução do cenário prospectivo manifesta-se nas projeções de inflação consideradas pelo Comitê e nas expectativas de inflação preparadas por analistas independentes" diz a ata.
Apesar dessa constatação de melhora do cenário inflacionário, os membros do Copom avaliam que "a despeito de haver margem para um processo de flexibilização, a política monetária deve manter postura cautelosa, visando assegurar a convergência da inflação para a trajetória de metas". O centro da meta de inflação para 2009 e 2010 é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima, segundo determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN).
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