Na véspera da divulgação oficial pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Banco Central previu que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 deverá registrar retração de 0,1%. A informação consta do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta quinta-feira (26), e que revela uma piora da estimativa para o último ano do primeiro mandato de Dilma Rousseff, já que, na edição anterior do RTI, estava em 0,2%.

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No primeiro ano do seu governo, em 2011, a presidente conseguiu um crescimento de 2,7% e, no segundo, de apenas 0,9%. Em 2013, a economia teve uma alta de 2,3%.

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O recuo da projeção foi puxado por uma expectativa menor de crescimento do setor da indústria. Pelas novas projeções, o PIB do setor agropecuário vai crescer 1,3% ante 1,4% da estimativa anterior. Já a projeção de crescimento da indústria recuou de uma queda de 1,4% para 1,7%. O setor de serviços, de acordo com o BC, deve ter uma expansão de 0,6% . No relatório de dezembro, o BC contava com uma alta de 0,6 % para esse setor.

Ainda de acordo com o RTI, o consumo das famílias deve ter expansão de 1% em 2014, enquanto o do governo, de 1,8%. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) deve ter queda de 8,2% em 2014.

2015

Para 2015, o BC projetou uma queda de 0,5% do PIB. Nesta semana, em audiência no Senado, o presidente da instituição, Alexandre Tombini, admitiu que os dados atuais estão enfraquecidos, mas disse acreditar numa retomada da economia no segundo semestre deste ano e uma expansão com mais vigor em 2016.

No documento de hoje, o BC projetou alta de 0,2% do consumo das famílias este ano e expansão de apenas 0,3% do consumo do governo. A estimativa para os investimentos - Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) –em 2015 é de retração de 6%.

No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, 23, a mediana das estimativas do mercado para o PIB de 2015 estava em contração de 0,83%.

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No Senado, Tombini disse esperar um crescimento da agropecuária, uma expansão mais modesta do setor de serviços e uma queda da atividade fabril. No relatório de inflação do BC esse prognóstico foi transmitido em números: o setor rural deve ter alta de 1% este ano e os serviços, de 0,1%.

O BC prevê um tombo de 2,3%% da indústria. A queda prevista para este ano é maior do que a estimativa de retração de 1,7% no ano passado.