Autoridade monetária vai injetar no mercado o equivalente a US$ 1 bilhão para segurar cotação do dólar após alta de R$ 5,06.| Foto: Sebastião Moreira/EFE
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O Banco Central anunciou, na noite desta segunda (1º), que vai injetar US$ 1 bilhão no mercado brasileiro nesta terça (2) para segurar a flutuação do dólar, que fechou o primeiro dia útil da semana a R$ 5,06. Será a primeira intervenção da autoridade monetária desde o início do terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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A injeção bilionária de dólares no mercado será feita através de um leilão adicional de até 20 mil contratos de swap cambial, equivalente a US$ 1 bilhão. O objetivo é fornecer proteção contra variações excessivas do dólar em relação ao real (hedge cambial) e garantir liquidez ao mercado doméstico.

Em comunicado, o BC afirmou que atuará “para manter o funcionamento regular do mercado de câmbio” diante dos efeitos do resgate do título de NTN-A3 (Nota do Tesouro Nacional, subsérie A3), programado para 15 de abril (veja na íntegra). A compra de contrato de swap pelo BC funciona como uma injeção de dólares no mercado futuro, protegendo quem adquire contra a desvalorização do real.

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O leilão de swap cambial é uma medida que permite à autoridade monetária lidar com a demanda por moeda estrangeira, evitando disfunções no mercado de câmbio. Economistas comparam essa intervenção a abrir uma porta alternativa em uma festa lotada.

Nesta segunda (1º), o dólar teve alta de 0,88%, fechando a sessão em R$ 5,058, em meio à forte valorização dos títulos do Tesouro americano – chamados de “Treasuries” – e à baixa liquidez devido ao feriado na Europa. Na Bolsa brasileira, o Ibovespa caiu 0,87%, encerrando o pregão aos 126.990 pontos e acumulando queda de 4,53% no ano.

Em 2023, o BC não realizou leilões extras de dólar devido à baixa volatilidade do real e ao forte fluxo comercial, marcando a menor intervenção da autoridade monetária desde a adoção do regime de câmbio flutuante em 1999.

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Para este ano, economistas apontam que a volatilidade do câmbio dependerá da política de juros do Fed – o “Federal Reserve”, equivalente ao Banco Central – e dos riscos geopolíticos globais, enquanto no Brasil a trajetória das contas públicas é a principal preocupação.

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Desde o fechamento de R$ 4,85 em 28 de dezembro de 2023, o dólar tem apresentado alta, acumulando 4,25% no ano. O encerramento desta segunda-feira (1º) marcou a maior cotação do ano.

As últimas intervenções do BC ocorreram em 2022, quando vendeu US$ 500 milhões em um leilão extraordinário, em meio a preocupações com a política de juros agressiva do Fed.

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