A retração econômica e a escalada dos juros vão fazer com que o mercado de crédito tenha a menor expansão em 2015 em pelo menos oito anos. O Banco Central diminuiu nesta quarta-feira (25) sua projeção para o crescimento do volume de financiamentos este ano para 11%. Se confirmado o prognóstico, será a taxa mais baixa desde 2008, ano marcado pelo início da crise financeira internacional e a partir de quando há dados disponíveis pela instituição.

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O mais instigante é que em 12 meses até fevereiro o avanço dos empréstimos já está em 11%, o que pode indicar um otimismo por parte do BC para o final do ano. Isso porque as previsões do setor privado são de que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 pode ter uma contração superior a 1% e também de continuidade do aumento do juro básico da economia, atualmente em 12,75% ao ano. A tradução disso para a economia real é o encarecimento do crédito

Em fevereiro, o estoque subiu levemente na comparação com janeiro, para R$ 3,026 trilhões, o equivalente a 58,6% do PIB. A nova projeção do BC de expansão do crédito se dá em um ambiente de juros mais altos no Brasil. O crédito específico para o consumidor chegou a 54,3% ao ano no mês passado, também um novo recorde.

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