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Estimativa

BC reduz previsão para o PIB e inflação em 2006

O Banco Central reduziu sua estimativa para a taxa de crescimento da economia brasileira este ano, assim como para a inflação. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira, o BC estima que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá este ano 3,5%, e não mais 4% como estimado no relatório do segundo trimestre, divulgado no fim de junho.

O BC diminuiu também sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano de 3,8% para 3,4%. A inflação projetada para 2007, contudo, foi elevada ligeiramente na comparação com a estimativa de junho: de 4,2% para 4,3%.

A estimativa do BC é menor que a prevista pelo Focus, que reduziu a projeção para o IPCA neste ano de 3,23% para 3,03% para este ano.

A meta do governo para a inflação em 2006, 2007 e 2008 é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

"Para os próximos meses, não se vislumbram pressões generalizadas sobre preços, sejam de ordem inercial ou relacionadas à recuperação de margens, o que contribui para consolidar as expectativas de que a inflação continue evoluindo de acordo com a trajetória de metas fixada para 2006, 2007 e 2008," informou o BC.

No caso do Produto Interno Bruto (PIB), a nova previsão do BC ainda é superior à do mercado. De acordo com levantamento feito pelo BC com analistas -divulgado na segunda-feira - o mercado acredita que a economia brasileira crescerá 3,09% em 2006.

A previsão do BC é menor do que a defendida pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que insiste que a economia brasileira vai conseguir fechar o ano com uma expansão de 4% . No início do mês, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento revisou para baixo a previsão de crescimento, passando de 3,8% para 3,6%.

Segundo o BC, a revisão de sua projeção para o desempenho do PIB levou em conta, principalmente, expansão menor da agropecuária e da indústria, cujas estimativas de crescimento passaram de "3,6% para 3% no primeiro caso, e de 5,4% para 4% no segundo".

"A taxa de crescimento prevista para o setor de serviços, que habitualmente se mostra mais estável, foi reduzida de 3% para 2,8%, influenciada, por um lado, pelas reduções nas estimativas para os setores da agropecuária e da indústria, e por outro, pela evolução favorável da demanda doméstica", informou o BC.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia cresceu 0,5% no segundo trimestre do ano, o pior resultado entre os países emergentes.

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