
O Banco Central (BC) reduziu a projeção de crescimento da economia brasileira para 2025, de 2,1% para 1,9%, conforme o Relatório de Política Monetária divulgado nesta quinta-feira (27). A revisão reflete menor crescimento esperado para indústria e serviços, parcialmente compensado por uma previsão mais otimista para a agropecuária e produção de petróleo.
A estimativa aproxima-se do ponto médio expectativas do mercado financeiro, cujo Boletim Focus aponta para 1,98%, marcando a segunda semana abaixo de 2%. Pela primeira vez em quatro anos, o PIB deve crescer abaixo de 3%, influenciado por política monetária mais restritiva, menor impulso fiscal, menor ociosidade produtiva e moderação do crescimento global.
As projeções de crescimento para a indústria caíram de 2,4% para 2,2%, e para os serviços, de 1,9% para 1,5%. Em contrapartida, a agropecuária subiu de 4,0% para 6,5%, impulsionada pela safra de grãos. O agronegócio também deve influenciar atividades como impostos, comércio, transportes e processamento industrial de produtos agrícolas,. No entanto, espera-se desaceleração no consumo das famílias, no investimento e nas importações.
O crescimento da economia deve se concentrar no primeiro trimestre devido à colheita recorde de soja, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 167,4 milhões de toneladas, um aumento de 13,3% em relação ao ano anterior. Além disso, a liberação de recursos extras do FGTS pode contribuir para uma atividade econômica mais aquecida.
O diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, do BC destacou que a economia cresceu 3,4% em 2024, segundo o IBGE, mas mostrou desaceleração no último trimestre. Os indicadores mensais de indústria e serviços refletem esse comportamento.
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