O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, rompeu o coro de mensagens de coesão política na União Europeia e expôs atritos com os governos da zona do euro, reafirmando que agiu de forma independente e que, se a reação à crise foi lenta, isso não se deve à instituição.

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"Somos uma união monetária e econômica. Nós [do BCE] cuidamos da união monetária. Vocês [governantes] têm de ter respeito por isso", disse Trichet a jornalistas em Basileia, lembrando seu embate com os governantes há poucos anos.

A cidade suíça foi sede do encontro bimestral do BIS (espécie de BC dos BCs), o qual ele preside.

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Mas apesar de marcar posição, o francês se recusou a detalhar a forma como atuará o BCE na compra de títulos da dívida europeia. A medida foi anunciada dias depois de ele negá-la e após semanas de discussão e da protelada proclamação do megapacote de 750 bilhões de euros anunciado pela UE e pelo FMI no domingo. O anúncio da compra de títulos é apontado como o maior motivo de melhora no humor do investidor.