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BCs se unem para facilitar crédito e socorrer bancos europeus

Operador da Bolsa de Nova York comemora após o fim do pregão: ação de bancos centrais e notícias da China fizeram o Dow Jones subir 4,23% ontem | Brendan McDermid/Reuters
Operador da Bolsa de Nova York comemora após o fim do pregão: ação de bancos centrais e notícias da China fizeram o Dow Jones subir 4,23% ontem (Foto: Brendan McDermid/Reuters)
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Os bancos centrais do Canadá, do Reino Unido, do Japão, dos EUA e da Suíça, além do Banco Central Europeu, anunciaram ontem uma ação coordenada para evitar uma das piores consequências da crise financeira atual caso a situação deteriore: a contração de crédito. As instituições concordaram em reduzir o preço dos acordos temporários de swap de liquidez em dólar existentes em 0,5 ponto porcentual, o que permite aos bancos europeus tomar empréstimos emergenciais em dólar mais baratos.

O sistema bancário europeu está carregado de títulos emitidos pelos países do continente, agora sob riscos variados de insolvência financeira. Devido ao estado atual da crise, várias dessas nações podem perder sua solvência, o que ameaça as finanças dos bancos e, por consequência, a circulação de crédito tanto na Europa quanto no restante do planeta. A ação conjunta anunciada ontem, portanto, visa reforçar, em caráter preventivo, a circulação de recursos no sistema financeiro.

A partir de 5 de dezembro, os bancos centrais que fazem parte desse pool vão rebaixar os custos das operações feitas com os demais bancos centrais. Dessa forma, caso o sistema financeiro de uma região necessite de recursos adicionais para manter a liquidez, o banco central do continente ou do país terá onde buscar recursos para manter sua função de "emprestador de última instância" para o setor privado. Pelo comunicado oficial divulgado ontem pelo banco central britânico, essa redução pode valer até fevereiro de 2013.

EUA

O secretário de Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, disse ontem que o governo norte-americano apoia a ação coordenada dos principais bancos centrais do mundo. "Nós apoiamos as ações adotadas pelos bancos centrais para ajudar a aliviar a pressão sobre o sistema financeiro europeu e fortalecer a recuperação econômica global", disse em comunicado. No entanto, apesar da boa notícia, a ação dos bancos centrais não aborda diretamente os problemas fiscais internos da Europa. Geithner tem dito repetidamente que os líderes europeus precisam fazer mais para resolver a crise da dívida.

Um deputado republicano afirmou que a Europa precisa im­plementar profundas reformas estruturais em sua economia se quiser continuar recebendo suporte do banco central norte-americano. Para Spencer Bachus, presidente do Comitê de Serviços Finan­ceiros da Câmara dos Represen­tantes, a crise no continente é resultado de "problemas econômicos, culturais e soberanos e gastos desregrados dos governos".

O deputado mencionou especificamente as "aposentadorias exageradamente generosas" da Grécia e citou como exemplo medidas que os EUA adotaram para reestruturar empresas como a General Motors (GM). "Se os EUA vão continuar a dar suporte para a Europa, então os europeus precisam estar dispostos a fazer o mesmo tipo de escolhas dolorosas, para refletir a realidade econômica de hoje", avisou.

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