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Aviação

Beechcraft vai contestar vitória da Embraer em licitação nos EUA

A empresa norte-americana Beechcraft disse que vai protestar formalmente contra a decisão da Força Aérea dos Estados Unidos de conceder um contrato à Embraer para o fornecimento de aviões de ataque leve para uso no Afeganistão. A fabricante brasileira ganhou, em 27 de fevereiro, a licitação para fornecer 20 aviões de ataque para missões contra-insurgência no Afeganistão.

A Beechcraft, anteriormente conhecida como Hawker Beechcraft, saiu de um processo de concordata no mês passado. A fabricante de aeronaves disse em comunicado que estima que a decisão da Força Aérea afetará cerca de 1.400 postos de trabalho no Kansas e outros Estados norte-americanos.

Representantes da Embraer e da parceira Sierra Nevada não puderam ser imediatamente contatados para comentar o assunto. Em comunicado, o presidente-executivo da Beechcraft, Bill Boisture, afirmou que sua empresa está "muito perplexa" com a decisão da Força Aérea e que vai encaminhar protesto junto ao U.S. Government Accountability Office, órgão do governo federal que verifica se licitações públicas tiveram irregularidades. Segundo a empresa, há dúvidas sobre eventuais erros cometidos no processo de seleção.

"Simplesmente não entendemos como a Força Aérea pode justificar um gasto adicional de mais de 125 milhões de dólares pelo o que consideramos ser uma aeronave com menos capacidades", disse Boisture.

A Embraer e a Sierra Nevada venceram um contrato inicial de 355 milhões de dólares em dezembro de 2011, mas a licitação foi suspensa depois de ser questionada pela Hawker Beechcraft, que perdeu a disputa.

Na sexta-feira, a Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores da Aeroespaciais, que representa mais de 3 mil funcionários ativos e inativos da Beechcraft, pediu para a Força Aérea rever a entrega do contrato à Embraer.

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