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Comércio exterior

Belsul faz do PR a sua base logística

Centro de distribuição em Quatro Barras ajudou a Belsul a crescer 60% em 2013: avaliação positiva | Daniel Derevecki/Divulgação
Centro de distribuição em Quatro Barras ajudou a Belsul a crescer 60% em 2013: avaliação positiva (Foto: Daniel Derevecki/Divulgação)
Sérgio Correa, CEO da Belsul |

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Sérgio Correa, CEO da Belsul

A importadora e exportadora de matérias-primas Belsul, do Rio Grande do Sul, está com planos de expandir sua rede logística no Paraná. O planejamento inclui a ampliação das instalações e o aumento do volume de negócios da sede paranaense.

A decisão partiu da avaliação positiva dos dois anos de operação do centro de distribuição da empresa em Quatro Barras. Fruto de um investimento de R$ 10 milhões, a instalação, inaugurada em 2012, foi considerada chave para que a empresa alcançasse um crescimento de 60% em 2013. Para o ano que vem, por exemplo, a meta de faturamento da empresa é de R$ 400 milhões.

Somente nas negociações paranaenses, o objetivo é aumentar o valor absoluto de vendas em até 50% e crescer em torno de 30%. "O estado se tornou chave para os nossos negócios e foi fundamental para o nosso crescimento nos últimos dois anos", afirma o fundador e CEO da Belsul, Sergio Sanches Correa.

Os resultados não chegaram a surpreender. A proximidade de São Paulo, a boa malha viária local e a facilidade de operação com o Porto de Paranaguá faziam da Região Metropolitana de Curitiba uma escolha natural para os investimentos iniciais da empresa. "Passamos a concentrar em Curitiba e região as nossas atividades de comércio exterior e logística. Para completar, o Paraná conta com um dinamismo industrial muito favorável para a nossa área de atuação", afirma Correa. A Belsul trabalha principalmente com a indústria plástica.

Negócios globais

Se dentro do Brasil, o Paraná é prioridade, fora daqui, a Belsul tem focado em dois mercados distintos: Estados Unidos e Coreia do Sul.

No país asiático, o trabalho está focado, sobretudo, em soluções financeiras e novos contatos. Já nos EUA, o objetivo é garimpar o mercado em busca de antigos compradores de matéria-prima e encontrar fornecedores interessados no mercado brasileiro. "A ideia é abrir um canal para que possamos fazer o comércio em duas vias", afirma o CEO.

A expectativa é de que os negócios nesta nova base operacional nos Estados Unidos representem 30% do faturamento em 2015. As novas subsidiárias também já renderam frutos inusitados, como a Belsul fazendo a distribuição de matéria prima coreana para a indústria automobilística norte-americana.

Nos futuros investimentos fora do país, a meta é penetrar em outros mercados latino americanos, como México, Chile, Peru e Colômbia.

Lentidão

Burocracia portuária dificulta crescimento,diz fundador da Belsul

Mesmo que tenha atingido fortes índices de crescimento nos últimos anos e que planeje a manutenção desse ritmo para os próximos dois anos, o excesso de burocracia portuária e a lentidão das operações de comércio exterior nos terminais brasileiros ainda são os principais problemas apontados pelo CEO da Belsul, Sérgio Correa, para o crescimento dos negócios da empresa no estado.

No Porto de Paranaguá, a empresa trabalha principalmente com cargas em contêineres. Segundo ele, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) tem solucionado alguns gargalos, mas que os procedimentos da aduana ainda são lentos e confusos. "Independentemente do que o terminal faça, o procedimento é lento e as empresas perdem tempo com ele", afirma.

A comparação com outros países, diz Sanches, é desleal. Se nos EUA a carga fica parada um dia até que seja tributada e a cobrança é efetuada em até 30 dias, no Brasil, a carga fica paralisada de sete a dez dias, em média, e o pagamento dos impostos deve ser efetuado no momento da liberação do carregamento. "Isso torna a operação extremamente cara no país e prejudica muito a geração de negócios", completa.

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