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Bernanke vê economia dos EUA mais forte este ano

O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, disse hoje em discurso no Clube Nacional de Imprensa que a recuperação da economia dos Estados Unidos deve ganhar força neste ano, embora o nível elevado de desemprego e a inflação baixa demonstrem que há necessidade de apoio contínuo do banco central.

A autoridade afirmou que, mesmo diante dos preços elevados das matérias-primas (commodities), a inflação permanece bastante baixa em termos gerais. Bernanke também repetiu o alerta em relação à situação fiscal norte-americana e pediu a preparação de um plano para reduzir o déficit orçamentário do país.

O presidente do Fed ressaltou "a evidência crescente de que está em andamento uma recuperação autossustentada nos gastos das empresas e dos consumidores". Citando dados recentes que mostraram um aumento generalizado nos gastos dos consumidores e um declínio no número de pedidos de auxílio-desemprego, Bernanke disse também que, neste ano, a economia deve crescer num ritmo mais acelerado do que o registrado em 2010.

"Mesmo assim, diante de uma potencial expansão moderada da produção e de empresas relutantes em contratar, levará vários anos até que a taxa de desemprego volte a um nível mais normal", avaliou.

A expansão da economia dos EUA ganhou força no quarto trimestre de 2010, impulsionada por um aumento no consumo e pela redução nos estoques das empresas, o que sugere uma aceleração no crescimento também neste ano. O aumento contínuo na produtividade, no entanto, indica que as empresas estão mais concentradas em reduzir custos trabalhistas do que em contratar.

Como o desemprego deve permanecer elevado e a inflação deve continuar baixa por algum tempo, a economia ainda precisa de apoio do Federal Reserve, de acordo com Bernanke. As autoridades do banco central decidiram por unanimidade, na última reunião de política monetária, manter o programa de compras de títulos da instituição, embora também tenham enxergado melhora na economia dos EUA.

Demonstrando pouca preocupação com o recente aumento nos preços globais dos alimentos e da energia, Bernanke disse que a inflação nos EUA em dezembro foi de apenas 1,2%. Ele destacou que o núcleo da inflação, que despreza a oscilação nos preços de combustíveis e da comida, foi de 0,7% em 2010, ante 2,5% em 2007 antes do início da recessão.

Na Europa, as autoridades monetárias estão acompanhando de perto o aumento nos preços das commodities, mas o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, disse hoje que as pressões inflacionárias na zona do euro estão sob controle e que o recente aumento nos preços terá vida curta. A inflação provavelmente superará a meta da instituição, de aproximadamente 2% para 2011, segundo Trichet.

Bernanke também disse que os EUA enfrentam desafios fiscais significativas e afirmou que o Congresso precisa preparar um plano para evitar que a dívida pública cresça mais. "Os desafios fiscais de longo prazo que se apresentam à nação são especialmente assustadores porque são produto de tendências poderosas, não fatores temporários ou de curto prazo", avaliou, citando também o envelhecimento da população norte-americana e o aumento nos gastos públicos com saúde. As informações são da Dow Jones.

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