O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, informou nesta quinta-feira que ainda não há uma data definida para o envio da medida provisória (MP) que reduzirá a cobrança do Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos dos fundos de investimento.
Apesar do anúncio do governo federal, feito na semana passada, da proposta de tributar parte da poupança de valor superior a R$ 50 mil com o objetivo de torná-la menos atrativa para investimentos especulativos, a equipe do Ministério da Fazenda tem aconselhado o ministro Guido Mantega a só reduzir a tributação dos fundos de investimento no momento em que detectar algum movimento migratório desse tipo de aplicação para as cadernetas de poupança.
Economistas têm afirmado que a redução do IR só será necessária com uma queda da taxa básica de juros, a Selic, para menos de 9,5% ao ano. Atualmente, a Selic está em 10,25% ao ano. O governo ainda terá de encaminhar ao Congresso um projeto de lei (PL) alterando as regras de rentabilidade da poupança a partir de 2010.
Ao participar, em Brasília, do programa "Bom dia, ministro", do sistema Radiobrás, Bernardo reafirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "a poupança é sagrada" e continuará servindo para proteger a economia de quem acredita nela.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast