O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, propôs nesta segunda-feira (12) em Curitiba que a administração do Porto de Paranaguá, no litoral paranaense, volte ao governo federal, em reunião com empresários entidades da sociedade civil e políticos para discutir as propostas de investimento para o Paraná no Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2). "Na verdade, o governo federal tem mais condições de fazer investimentos", defendeu o ministro.

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Em relação ao porto paranaense, o PAC 2 prevê a construção de um silo graneleiro e a dragagem de manutenção e aprofundamento. A dragagem é uma das preocupações dos exportadores paranaenses. Segundo o superintendente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Nelson Costa, o canal da Galheta, por onde os navios entram no porto, recebeu dragagem, com aprofundamento de 15 metros. No entanto, nos berços do cais, a profundidade continua em 10,2 metros. Além disso, ele destacou que, até 2004, Paranaguá era responsável por 34% da exportação de soja em grão, enquanto no ano passado foi responsável por 17%.

O ministro do Planejamento citou, como exemplo, os investimentos de cerca de R$ 2 bilhões que têm sido feitos no Porto de Santos (SP). "São investimentos de porte, investimentos parrudos mesmo. Comparados com esses que estamos discutindo aqui para Paranaguá, os nossos investimentos são raquíticos", afirmou Bernardo. Por isso, disse que há necessidade de se discutir essa nova forma de administração. "Mas também não vamos brigar com o Estado do Paraná por conta disso, mas acho que poderíamos fazer com que a Secretaria dos Portos faça investimentos muito mais fortes porque tem mais recursos que o governo do Estado e tem mais condição especializada nisso", ressaltou.

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A assessoria de imprensa do porto disse que o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) não comentaria a ideia lançada pelo ministro. A assessoria informou apenas que já há obra licitada para dragagem dos berços, que serão padronizados com 14,5 metros de profundidade.