O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, ressaltou nesta quinta-feira (16) a importância de que o setor público abra caminho para futuros investimentos privados e que os recursos existentes sejam otimizados para atender às demandas sociais.
Em discurso no Wilson Center, em Washington, o economista brasileiro, que tomou posse em dezembro do ano passado, avaliou que se o setor público fornece “infraestrutura”, isso estimula o setor privado “a chegar e prestar outros tipos de serviços”.
“Não podemos simplesmente esperar pelas condições adequadas. Devemos criar essas condições”, enfatizou Goldfajn, que destacou o papel desempenhado pela administração pública em proporcionar boa governança, um ambiente de negócios e um estado de direito que estimule os investimentos privados.
A pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia, em sua opinião, agravaram as desigualdades que já existiam: “A América Latina e o Caribe não são lugares onde o crescimento foi forte em comparação com outras regiões”.
"É preciso pensar onde você tem vantagem comparativa, onde vai usar os recursos de forma eficaz. Eficácia é fundamental para poder investir em lugares onde vai agregar valor", acrescentou Goldfajn, que até ingressar no BID era chefe do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Entre os desafios da região, na opinião do também ex-presidente do Banco Central, estão a desigualdade de renda e de gênero. A sociedade pede que essas necessidades sejam atendidas, mas “as autoridades têm recursos para isso?”, questionou.
Por isso, pediu que o foco esteja “na melhor forma de melhorar a vida das pessoas" e em avaliar como otimizar o capital já disponível, "quando há muitas promessas e poucos recursos".
Segundo opinou Goldfajn, maior integração regional e transformação digital fazem parte da resposta.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião