O forte da mega liquidação ocorre na internet, mas algumas empresas fazem promoções também nas lojas físicas.| Foto: Albari Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Dicas e cuidados para aproveitar a Black Friday

Para comprar na Black Friday a preços baixos e de forma rápida e tranquila, alguns cuidados são necessários. O ideal é sempre utilizar sites seguros, que ofereçam canais de comunicação em caso de qualquer problema e garantam os direitos dos consumidores.

Selo de qualidade

Neste caso, vale verificar se o site possui o selo Black Friday Legal. Também é recomendado observar as formas de pagamento. "O consumidor pode ver se a loja oferece meios de pagamentos seguros, com instituições que garantam o bloqueio do dinheiro gasto na compra caso o produto não chegue ao seu destino", afirma Marcelo Coelho, vice-presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.

Descontos reais

Uma das grandes preocupações do consumidor nesta data é obter descontos reais em relação ao valor original do produto. Para se certificar disso, o ideal é fazer uma pesquisa de preços antes da data da promoção. "O consumidor pode utilizar sites de buscas, comparar os preços dos produtos e fazer uma cópia das telas e das ofertas para utilizar como prova contra qualquer prática abusiva", orienta Christian Printes, advogado do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).

Órgãos de defesa

Em caso de qualquer problema com a compra ou descumprimento de uma oferta, o consumidor pode utilizar os canais de comunicação para tentar resolver diretamente com a loja. Caso não haja acordo, a queixa pode ser levada para os órgãos de defesa do consumidor, como os Procons e, em último caso, até mesmo para os Juizados Especiais Cíveis.

Outra alternativa é o site www.consumidor.gov.br , criado pela Secretaria Nacional do Consumidor para a realização de acordos entre clientes e empresas. Isso sem que o caso seja levado à Justiça.

O idealizador da Black Friday Brasil, Pedro Eugênio, afirma que o comprador pode evitar reclamações e queixas indo atrás da oferta e não do produto.

"Muitas reclamações foram feitas por produtos que não estavam na promoção. É possível encontrar ótimas ofertas para produtos mais simples ou modelos mais antigos.Os mais procurados geralmente não possuem descontos", afirma.

CARREGANDO :)

Shoppings de Curitiba terão Black Friday estendida

Em Curitiba, os shoppings abrirão mais cedo e também estenderão a data das promoções que podem chegar a 80% de desconto.

Os shoppings Curitiba, Crystal e Estação realizam os descontos durante os dias 28, 29 e 30 (sexta-feira, sábado e domingo). Nesta sexta-feira, as lojas ficarão abertas das 7 horas às 23 horas.

Os shoppings Cidade e ParkShopping Barigui também oferecerão descontos. Por aqui, até mesmo as construtoras aproveitarão a data para tentar baixar os estoques durante toda a semana com descontos e promoções.

Veja também
  • Walmart espera alta de 10% durante a Black Friday
  • 500 sites pedem "selo de qualidade" para Black Friday
  • Black Friday terá estatística automática de vendas
  • Sites e aplicativos ajudam a achar desconto de verdade na Black Friday
Publicidade

A quinta edição do Black Friday Brasil começa nesta sexta-feira (28) com perspectivas otimistas, tanto para os comerciantes quanto para os consumidores.

O evento que promove descontos para vários itens no comércio eletrônico foi importado dos Estados Unidos e evoluiu rapidamente no país. O varejo prevê grandes margens de lucros, enquanto os clientes terão mais segurança para comprar em relação aos anos anteriores.

Estimativas

A empresa especializada em comércio eletrônico, E-bit aposta que a arrecadação total da mega liquidação chegue a R$ 1,2 bilhão contra R$ 770 milhões em 2013, um aumento de 56%.

A consultoria Conversion trabalha com previsão de lucros de até R$1,56 bilhão, o que representaria 4% do total de vendas do comércio pela internet durante todo o ano.

Publicidade

Já a ClearSale, que realiza consultoria para o site Busca Descontos, idealizador da Black Friday no Brasil, calcula que a evolução dos lucros desde 2010, quando foi realizada a primeira edição, até 2013, foi de 525% e aumentará ainda mais neste ano.

Segundo Pedro Eugênio, fundador do site Busca Descontos e idealizador do Black Friday no Brasil, o sucesso se deve à preparação prévia para a data.

"O varejo negociou com fornecedores, trouxe benefícios aos consumidores e o consumidor entendeu a proposta", explica.

Segundo ele, a data já possui espaço fixo no calendário do varejo brasileiro. "Em 2013, foi o dia que mais vendeu em todo o ano no e-commerce brasileiro. A data tem tudo para estar no Top 3 entre as mais lucrativas para o comércio", afirma.

Apostas

Publicidade

As lojas que já obtiveram grandes margens de lucro com a data resolveram expandir a Black Friday de 2014. A partir da meia-noite o consumidor já terá acesso na internet aos produtos com descontos. Muitas redes, como a Magazine Luiza e a Ricardo Eletro, farão as promoções também para as lojas físicas.

Já outras optaram por expandir o período de descontos. A Rede Walmart Brasil vem fazendo descontos durante toda a semana, apoiada no sucesso da data em 2013, que representou a maior venda de eletrônicos em um único dia em toda a história da empresa no país. Já a Netshoes vem oferecendo descontos para mais de 3 mil produtos durante todo o mês de novembro.

Consumidor

Os benefícios da Black Friday também devem ser maiores para os consumidores. Além de uma maior oferta de lojas e opções, agora há mais alternativas para realizar uma compra segura.

Para evitar reclamações de fraudes ou promoções maquiadas - produtos com descontos calculados a partir de preços inflados - que foram comuns nos anos anteriores, a Câmara de Comércio Eletrônico (e-net) criou, em 2013, o selo Black Friday Legal, uma espécie de certificação baseada em um código de ética para as empresas que oferecem descontos reais, respeitam o Código de Defesa do Consumidor e disponibilizam dados como o CNPJ, endereço e canais de contato para o consumidor.

Publicidade

No ano passado, 123 empresas conseguiram o selo. Já em 2014, 439 já obtiveram a licença. Para Marcelo Coelho, vice-presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o crescimento desse número faz parte da preocupação das empresas com os serviços oferecidos.

"O que o consumidor necessita é de um bom atendimento, formas de pagamento adequadas e canais de defesa do consumidor eficientes. Não basta apenas ter um bom preço, produto ou uma boa logística de entrega", afirma.