O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse nesta sexta-feira que o G8, grupo das principais economias do mundo, precisa incorporar China e Índia, dois gigantes emergentes, se quiser manter um papel de influência no mundo.
"A realidade é que o G8 está passando por um processo de mudança agora", disse Blair em um debate no Fórum Econômico Mundial. "Eu não posso ver o G8 tendo a mesma autoridade politicamente, ao menos que nele estejam China e Índia."
Em discurso em Davos na quarta-feira, a chanceler Angela Merkel disse que a Alemanha buscaria iniciar um novo diálogo com as potências emergentes durante a sua presidência no G8 neste ano.
Ela afirmou que a ascensão de novos poderes como Brasil, China e Índia deve ser vista como um desafio e uma oportunidade, prometendo conduzir "novas formas de diálogo" com esses países na cúpula do G8 que ela vai sediar em junho.
Além dos países do G8 --Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Rússia-- a Alemanha convidou líderes de Brasil, China, Índia, México e África do Sul para o encontro no resort de Helligendamn, perto do mar Báltico.