Brasil é o segundo no ranking de PCs com novo worm
Desde outubro passado, um worm tipo de programa malicioso que se espalha sozinho pela rede ameaça a segurança de usuários do sistema operacional Windows. Conhecido como Downadup ou Kido, já infectou cerca de 15 milhões de computadores, a maioria na China, Brasil e Rússia, nesta ordem.
Nos idos de 1999, quando o hacker David Smith criou o "Melissa", considerado o primeiro grande vírus após o advento da internet, bastava um único programa para blindar o PC. Hoje, para se proteger dos espiões e ladrões de identidade à espreita na rede, além do antivírus é preciso ter antispam, firewall, antiphishing .
Para ter uma ideia, segundo levantamento feito pelo Kasperky Lab, fabricante de pacotes de segurança da Rússia, de 2007 para 2008 o número de novos malwares surgidos a cada 2 minutos saltou de 5 para 60.
Há opções gratuitas, mas nenhuma reúne todas as proteções necessárias. Apenas as soluções pagas entregam tudo em um só pacote. Nesta página, mostramos como proteger o PC sem gastar nada.
Os antivírus gratuitos mais populares (AVG, Avast e Avira) oferecem proteção contra até cinco dos nove principais tipos de ameaças digitais. É preciso combiná-los com outros programas, como firewalls e softwares que identificam a veracidade de páginas da rede e também têm versões com custo zero.
O técnico em eletrônica Douglas Marcel Horvat, de 28 anos, optou pelo AVG, que tem uma versão gratuita para usuários domésticos. "Pesquisei na web e me informei em fóruns", diz Douglas. Antes, havia passado pelo Avast e pelo Norton (só tem versão paga).
Contra o phishing
Hoje são mais comuns o roubo de senhas, nomes de usuário e informações bancárias por sites falsos, os chamados phishing. O internauta recebe um link por e-mail, mensagem de comunicadores instantâneos (MSN, Gtalk) ou até scraps de redes sociais. Ao clicar, entra num site falso que pede alguns de seus dados pessoais, imediatamente redirecionados a um criminoso digital.
Para se proteger, o internauta deve instalar um aplicativo como o Google Safe Browsing ou o McAfee Site Advisor. O primeiro é um complemento para o navegador Firefox. Uma vez instalado, ele realiza uma checagem do endereço digitado ou clicado antes de abri-lo. Caso o site para onde o internauta esteja se dirigindo seja falso ou esteja temporariamente comprometido com um código malicioso, um ícone vermelho ao lado do endereço dá o alerta.
No McAfee Site Advisor, o aviso toma a forma de um botão na parte superior da tela do browser. Quando o usuário faz uma busca usando sites como www. yahoo.com, www.ask.com ou o próprio www.google.com, ele ainda mostra ao lado dos resultados um sinal verde ou um "X" vermelho conforme a legitimidade do endereço. O aplicativo também funciona com o Internet Explorer.
Chega de SPAM
Para se proteger de spams emails indesejados que com frequência contêm anexos ou links suspeitos , a melhor alternativa é escolher um bom webmail (serviço de email online). Embora provedores nacionais tenham melhorado suas armas contra mensagens indesejadas, a maioria ainda se apoia principalmente em técnicas que requerem uma ação humana como a confirmação de envio de uma mensagem ou a denúncia de remetentes suspeitos.
Já serviços como o Yahoo!Mail e o Gmail contam com bloqueios que combinam diferentes técnicas de análise das mensagens eletrônicas desde a consulta a bancos de dados de remetentes suspeitos à checagem por palavras no campo assunto. O filtro é automático, mas é possível melhorá-lo, avisando ao serviço quais remetentes são indesejados.
Se você não abre mão de um programa de gerenciamento de e-mails instalado em seu PC, como o Thunderbird (Fundação Mozilla) ou o Outlook (Microsoft), não tem problema. Pode configurá-los para receber e enviar mensagens de diferentes webmails: após criar a conta no serviço online preferido, abra o software, clique em Configurações de Conta e preencha os dados de login e senha do usuário. As mensagens enviadas e recebidas continuarão a ser filtradas pelo antispam do webmail.
É bom lembrar que o internauta deve aprender a identificar phishing e spam por conta própria, evitando abrir anexo ou clicar em link cuja procedência não seja 100% conhecida.
E o tal firewall?
Nos dias de hoje, com PCs sempre conectados à banda larga, não é difícil um hacker invadir uma máquina para fins diversos. A forma de impedir isso é acionar um firewall ("cortina de fogo"), que são como porteiros digitais: antes de autorizar qualquer acesso à sua máquina, verificam se há permissão para aquela ação.
O Windows XP e Vista já vêm com firewall embutido e acionado. Do contrário, é preciso buscar uma solução gratuita ou optar por um pacote completo de segurança.
Finalmente, uma navegação segura exige a atualização constante de todos os softwares instalados no seu PC, inclusive do sistema operacional, pois eles podem conter falhas de segurança posteriormente corrigidas. Segundo o pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), Pedro Rezende, "a escolha do antivírus pode até ser irrelevante" diante de falhas no sistema operacional ou em outros softwares.
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