Onze dos 14 blocos exploratórios de gás natural em oferta no estado do Paraná foram arrematados na manhã desta quinta-feira (28) por seis empresas. O consórcio formado por Petrobras (60%) e Cowan (40%) arrematou cinco blocos. A Petrobras, atuando sozinha, levou outros dois blocos. E uma sociedade formada pelas paranaenses Copel (30%), Bayar (30%) e Tucumann (10%), mais a Petra Energia (30%), ficou com quatro blocos.
As empresas vão pagar, juntas, R$ 21,5 milhões em bônus de assinatura pelos 11 blocos, com ágio de 520% em relação ao valor mínimo exigido. Elas se comprometeram a investir R$ 174,4 milhões na primeira fase de exploração, com duração de quatro anos.
Os 14 blocos exploratórios em oferta no estado do Paraná parte dos 19 blocos de toda a Bacia do Paraná, junto com cinco áreas em São Paulo foram os primeiros leiloados na 12.ª rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que começou por volta das 9h40.
As propostas foram avaliadas com base em três critérios: o bônus de assinatura oferecido pela empresa, com peso de 40%, o valor dos investimentos que ela pretende fazer, também com 40%, e o índice de conteúdo nacional que ela se compromete a usar, com 20%.
Na cerimônia de abertura, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, disse que esta rodada tem foco em áreas com "fortes evidências de gás natural de norte a sul do Brasil". Como cinco das sete bacias com blocos em disputa são consideradas "novas fronteiras", a expectativa do próprio governo é de que o leilão seja menos concorrido que os anteriores. A soma dos bônus de assinatura mínimos para todos os 240 blocos é de apenas R$ 74 milhões. Na 11.ª rodada, o governo arrecadou R$ 2,4 bilhões com a concessão de 164 blocos.
A abertura das propostas ocorre no hotel Windsor Barra, na Barra da Tijuca, zona sul do Rio o mesmo em que foi leiloado o campo de Libra, no mês passado. Desta vez, no entanto, não há bloqueios nas ruas para afastar eventuais manifestantes.
*O repórter viajou a convite da ANP