Petroleiras arrematam blocos em áreas com infraestrutura

O governo brasileiro conseguiu licitar nesta quinta praticamente apenas blocos exploratórios de gás localizados em bacias que contam com infraestrutura e próximas de centros consumidores, mostrando a preocupação das empresas em escoar o gás que eventualmente encontrarão nas áreas. De um total de 240 blocos ofertados na 12ª rodada de licitações, 72 foram arrematados, sendo 70 deles nas bacias do Paraná, que abrange os Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo; Sergipe-Alagoas; e Recôncavo, na Bahia. A Petrobras foi, de longe, a empresa que mais arrematou blocos, sendo operadora em 43 e entrando como sócia em 6 outros.

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Trinta e um blocos de gás da Bacia do Parnaíba não receberam oferta

As bacias do Parnaíba, no Nordeste, e de Acre-Madre de Dios, no Norte, tiveram um bloco arrematado, cada uma, na 12ª Rodada de Licitações da ANP,. Em ambos os casos, os blocos foram arrematados por ofertas únicas.

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Onze dos 14 blocos exploratórios de gás natural em oferta no estado do Paraná foram arrematados na manhã desta quinta-feira (28) por seis empresas. O consórcio formado por Petrobras (60%) e Cowan (40%) arrematou cinco blocos. A Petrobras, atuando sozinha, levou outros dois blocos. E uma sociedade formada pelas paranaenses Copel (30%), Bayar (30%) e Tucumann (10%), mais a Petra Energia (30%), ficou com quatro blocos.

As empresas vão pagar, juntas, R$ 21,5 milhões em bônus de assinatura pelos 11 blocos, com ágio de 520% em relação ao valor mínimo exigido. Elas se comprometeram a investir R$ 174,4 milhões na primeira fase de exploração, com duração de quatro anos.

Os 14 blocos exploratórios em oferta no estado do Paraná – parte dos 19 blocos de toda a Bacia do Paraná, junto com cinco áreas em São Paulo – foram os primeiros leiloados na 12.ª rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que começou por volta das 9h40.

As propostas foram avaliadas com base em três critérios: o bônus de assinatura oferecido pela empresa, com peso de 40%, o valor dos investimentos que ela pretende fazer, também com 40%, e o índice de conteúdo nacional que ela se compromete a usar, com 20%.

Na cerimônia de abertura, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, disse que esta rodada tem foco em áreas com "fortes evidências de gás natural de norte a sul do Brasil". Como cinco das sete bacias com blocos em disputa são consideradas "novas fronteiras", a expectativa do próprio governo é de que o leilão seja menos concorrido que os anteriores. A soma dos bônus de assinatura mínimos para todos os 240 blocos é de apenas R$ 74 milhões. Na 11.ª rodada, o governo arrecadou R$ 2,4 bilhões com a concessão de 164 blocos.

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A abertura das propostas ocorre no hotel Windsor Barra, na Barra da Tijuca, zona sul do Rio – o mesmo em que foi leiloado o campo de Libra, no mês passado. Desta vez, no entanto, não há bloqueios nas ruas para afastar eventuais manifestantes.

*O repórter viajou a convite da ANP