Em setembro a Bolsa vendeu 20% de sua participação na CME, o que gerou um lucro de cerca de R$ 450 milhões| Foto: Nacho Doce /Reuters

A BM&FBovespa confirmou na manhã desta terça-feira (3) que vem mantendo tratativas preliminares com a Cetip no intuito de “combinar as atividades das duas companhias”.

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No entanto, a Bolsa destaca que não se pode assegurar que tais conversas “resultarão em uma oferta ou transação de qualquer natureza” e que não existe, neste momento, qualquer proposta sobre a estrutura econômica ou societária ou sobre outros termos e condições de uma eventual transação.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa afirma que essas tratativas visam formular uma proposta de combinação das duas companhias para ser enviada aos Conselhos de Administração de ambas companhias. Com isso, tal proposta poderá ser recomendada às Assembleias de acionistas da BM&FBovespa e da Cetip.

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Segundo fontes, as negociações, que estariam caminhando em um ritmo acelerado, tiveram início há alguns meses e o objetivo é consolidar o setor.

Em setembro a Bolsa vendeu 20% de sua participação na CME, o que gerou um lucro de cerca de R$ 450 milhões. O montante, agora no caixa, será utilizado na operação, conforme fontes. Acionistas da bolsa esperavam que esse valor fosse distribuído em forma de proventos e sua manutenção no caixa levantou a possibilidade da Bolsa estar próxima de um movimento de fusão & aquisição (M&A).

Acionistas

Os principais acionistas das empresas já foram contatados, segundo fontes. Na Cetip a principal acionista, com 12% do capital social, é a ICE, que em 2012 adquiriu a Nyse Euronext, controladora da bolsa de Nova York. Na época comentou-se no mercado que a Cetip poderia se tornar alvo de aquisição para a constituição de uma nova bolsa no Brasil, exatamente em um momento em que se notava uma onda de consolidação das bolsas mundiais. Já o restante das ações da Cetip está em circulação no mercado.

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Do lado da BM&FBovespa, entre os acionistas, a CME Group tem uma fatia de 4,8%. O fundo Oppenheimer é o que detém a maior participação, com 7,37%.