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Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) totalizaram, no mês de agosto último, apenas R$ 800 milhões. Com isso, o acumulado dos últimos doze meses ficou em R$ 61,7 bilhões, uma alta de 35% na comparação com os 12 meses anteriores, segundo informou, nesta quinta-feira, o presidente do BNDEs, Luciano Coutinho, durante palestra para empresários e executivos realizada pela Associação e Sindicato dos Bancos do Estado do Rio de Janeiro (Aberj/Sberj).

Coutinho adiantou que o volume de projetos aprovados também nos doze meses findos em agosto (de setembro de 2006 a agosto de 2007) totalizou R$ 89,7 bilhões. O presidente da instituição garantiu que a crise imobiliária americana não afetará economias sólidas como a do Brasil, que continuará a crescer nos próximos anos.

- Estamos decolando o desenvolvimento econômico - destacou Coutinho.

O presidente da Associação e dos Sindicatos dos Bancos do Rio, Sérgio Murray, também disse acreditar que a economia brasileira vai continuar crescendo.

- Ao contrário do mundo, que tem apresentado uma tendência de queda no crescimento, acho que o Brasil, que amargou nos três últimos anos um crescimento menor do que o resto do planeta, agora está num reverso positivo. A tendência agora é a economia mundial dar uma desaquecida, mas o país como está, com números sustentáveis, a tendência é ter um crescimento superior à média mundial - destacou Murray.

Indústria

Do total de desembolsos nos 12 meses terminados em agosto, a indústria conseguiu R$ 30,6 bilhões, um avanço de 28% na comparação com os 12 meses anteriores. Principal motor do crescimento do PIB no primeiro semestre, o setor industrial teve, entre setembro de 2006 e agosto deste ano, R$ 40,2 bilhões em financiamentos aprovados pela diretoria do banco de fomento.

De acordo com Coutinho, a atuação do BNDES será fundamental para promover a expansão necessária da oferta de modo a permitir um crescimento forte e sem pressões inflacionárias da economia brasileira. Neste sentido, o executivo ponderou que a carteira de consultas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no BNDES soma 145 projetos, com potencial de R$ 108 bilhões em financiamento. Deste total, R$ 61 bilhões têm previsão de financiamento, dos quais 61% são para o setor de energia.

Nos últimos 12 meses, o banco aprovou R$ 36,9 bilhões para projetos do PAC e desembolsou R$ 20,9 bilhões.

Taxa de investimento

Projeções do BNDES apontam para uma taxa de investimento de 19,3% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem e de 21,1% em 2009, afirmou o presidente do banco, Luciano Coutinho.

A previsão é que, neste ano, a taxa de investimento fique em 17,6% do PIB. No segundo trimestre, a taxa de investimento ficou em 17,7% do PIB.

- Estamos felizes porque as nossas projeções estão aderentes às do IBGE. Estamos num cenário de ascensão do investimento. O investimento é central para iniciar um crescimento mais rápido entre 4,5% e 5% e manter a estabilidade, que não pode ser sacrificada - disse Coutinho.

A projeção do BNDES foi feita com base nos pedidos de financiamento encaminhados ao banco e empresas que representam 60% da indústria de transformação brasileira.

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