Um dia após o anúncio de medidas de estímulo à indústria pelo governo, o BNDES informou que vai disponibilizar uma linha de 4 bilhões de reais para financiar a cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás natural até 2015.
As taxas juros vão variar de 4,5 por cento ao ano, para projetos de inovação, a 11,04 por cento, para capital de giro, informou o banco. Além disso, o acesso para micro, pequenas e médias empresas, que representam 85 por cento dos fornecedores do setor, será flexibilizado.
O banco poderá financiar empresas de pequeno porte por meio de uma empresa-âncora com receita anual de mais de 90 milhões de reais.
Essa empresa-âncora terá que fazer um plano de desenvolvimento para seus fornecedores, direcionando no mínimo 30 por cento do financiamento à cadeia de fornecedores e subfornecedores.
A medida vem ao encontro da nova estratégia da Petrobras de não utilizar mais o seu caixa para financiar seus forncedores, um volume de recursos que atingia cerca de 1 bilhão de reais por ano.
Por outro lado, a empresa tem necessidade, assim como as outras que atuam no setor no país, de cumprir um índice de conteúdo nacional exigido pelo governo nos seus projetos.
O apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ajuda a liberar o caixa da estatal para os vultosos investimentos programados até 2015, de 224,7 bilhões de dólares.
"O alto volume de investimentos esperado nos próximos anos evidencia um panorama altamente favorável ao fortalecimento da cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás, com aumento de competitividade das empresas brasileiras no mercado doméstico e internacional", afirmou o banco em nota nesta quarta-feira.
De acordo com o banco, o objetivo do programa é buscar soluções para alguns dos entraves à competitividade e ao desenvolvimento do setor, "tais como a dificuldade de acesso ao crédito, o elevado custo de capital e o acesso à tecnologia de ponta".
O banco vai estimular projetos de implantação, ampliação e modernização da capacidade produtiva; consolidação, fusão e aquisição e internacionalização da cadeia de fornecedores; financiamento do capital de giro necessário à produção de equipamentos e prestação de serviços; e suporte a atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast