O BNDES anunciou nesta segunda-feira (9) que está criando uma modalidade de financiamento com taxa de juros fixa para complementar o financiamento que ocorre no Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que possui taxas mais baratas.

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O objetivo do banco com a medida é dar previsibilidade para as empresas e garantir o financiamento de até 90% dos valores aplicados na compra de máquinas, equipamentos e caminhões.

O PSI tem algumas das taxas mais baixas do país: chega a 7% ao ano para bens de capital para micro e pequenas empresas na compra de bens de capital (a taxa é de 9,5% ao ano para grandes empresas) mas pode chegar a 10% ao ano para algumas linhas, como na compra de ônibus.

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As micro e pequenas empresas podem financiar até 70% do valor do investimento com o PSI e, nas grandes, esse teto é de 50%. A nova linha permite complementar este financiamento até o limite máximo de 90%.

Esta nova linha terá juros fixados a partir do valor de mercado de captação de recursos do BNDES, ou seja, sem dinheiro subsidiado pelo governo. Em fevereiro, a taxa desta complementação ficou definida em 17,24% para micro e pequenas empresas e em 15,74% para grandes empresas.

O banco informa que, no financiamento global, a taxa de micro e pequenas empresas ainda será menor. Antes o BNDES até oferecia linhas de créditos complementares ao PSI, mas com taxas de juros flutuantes.

A grande vantagem, agora, é que a taxa, definida mensalmente, será fixa no contrato de financiamento complementar. Em um primeiro momento, esta linha complementar com taxa fixa está destinada à compra de caminhões e ônibus.

Orçamento

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O BNDES destinou neste ano R$ 50 bilhões ao PSI, mesmo orçamento de 2014. O banco não informa qual é o seu orçamento global de 2014 e não comenta rumores de que o PSI pode acabar em meados de 2015 - oficialmente, o programa vai até dezembro e seu fim já foi adiado outras vezes.

Fontes do governo e do banco, contudo, dão como certo que o BNDES não poderá receber mais recursos de aportes do Tesouro Nacional neste ano de ajuste fiscal e que deverá ampliar a captação de recursos de mercado, o que deve fazer com que o BNDES tenha menos linhas com taxas de juros subsidiadas.