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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá anunciar, provavelmente ainda nesta semana, um prejuízo em torno de R$ 2,5 bilhões no acumulado do primeiro semestre. Será o primeiro prejuízo desde o período de janeiro a junho de 2003, quando a perda foi de R$ 2,4 bilhões.

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As perdas da primeira metade foram concentradas no segundo trimestre, pois nos três primeiros meses do ano a instituição de fomento registrou lucro de R$ 1,598 bilhão. Baixas contábeis e provisões para perdas foram os principais vilões, segundo informou uma fonte, sob condição do anonimato.

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O destaque nesse caso ficou com a operadora de telefonia Oi, que entrou em 20 de junho com o maior pedido de recuperação judicial da história, na tentativa de sanar uma dívida de R$ 65,4 bilhões. O BNDES tem exposição de R$ 3,3 bilhões à Oi e ainda tem uma participação acionária de 4,63% no capital total da empresa, fatia que encerrou o primeiro trimestre avaliada em R$ 40,932 milhões.

O BNDES é o único credor da Oi que tem garantia real da dívida, mas não quer dizer que o banco não precise fazer provisões para perdas em seu balanço – quando uma instituição já separa recursos para cobrir um calote –, disse o analista João Augusto Salles, da consultoria Lopes Filho. Garantia real, em geral, é dada na forma de bens da empresa, mas o banco pode ter perdas se esses bens não puderem ser vendidos para cobrir a dívida. “Não é por que tem garantia que não tem de provisionar”.

Procurado, o BNDES informou por meio da assessoria de imprensa que só se manifestará sobre os resultados após a divulgação do balanço financeiro.

Segundo Salles, as perdas com a Oi deverão manchar os balanços financeiros do segundo trimestre de vários bancos. Na lista de credores da Oi também estão Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander.

De acordo com o analista, desde os balanços do terceiro trimestre do ano passado, o setor bancário como um todo vem aumentando as provisões para perdas com inadimplência, exercício após exercício, num movimento preventivo por causa das dificuldades das empresas com a recessão.

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As empreiteiras envolvidas em suspeitas de corrupção e a Sete Brasil, já em recuperação judicial, eram os principais motivos. Com a recuperação judicial, a Oi entrou no rol para agravar o quadro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.