O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá desembolsar em 2009 um volume de recursos em torno de R$ 7 bilhões para o setor sucroalcooleiro, um montante 15% acima dos R$ 6 bilhões liberados em 2008, de acordo com o superintendente da área industrial do banco de fomento, Julio Ramundo.
Segundo Ramundo, a crise financeira internacional não vai alterar a estratégia do BNDES de financiamento para o etanol. "A crise não altera a perspectiva para o etanol, que é excelente, tanto no mercado doméstico como no internacional", disse. Ramundo informa que a crise não provocou a desistência de nenhum investidor contemplado com linhas do banco, o que cria o sentimento de que os desembolsos irão aumentar em 2009. "Pode ser que novas decisões de investimentos sejam postergadas, mas os contemplados pelo BNDES continuam seus projetos", explica.
O executivo ressalta que a carteira de biocombustíveis do BNDES, envolvendo grande projetos de implantação e expansão de usinas, já soma R$ 12,4 bilhões. Deste total, o conjunto de operações já enquadradas e em fase de análise totaliza R$ 3,4 bilhões. Outros R$ 1,4 bilhão estão em fase de consulta e em perspectiva, somando um estoque de R$ 4,8 bilhões ainda não contratados para 2009. Entre análise, perspectiva e consulta e enquadramento, são 30 projetos. "Todos estes projetos que esperam aprovação para breve prevêem produção de etanol e a grande maioria também co-geração", disse.
Ramundo explica que a importância do setor tem levado a um aumento da parcela do volume de recursos liberados pelo BNDES nos últimos anos. Em 2008, estes recursos somaram 8% do total desembolsado pelo banco de fomento. Em 2004, esta participação foi de apenas 1,6%. Em volume nominal, o desembolso para o setor cresceu, no período de R$ 590,52 milhões para R$ 6 bilhões.
O BNDES informa que, com os cinco novos projetos contemplados anunciados hoje, já são 43 o número de novas usinas aprovadas pelo banco desde 2004. O BNDES anunciou hoje a aprovação de R$ 1 8 bilhão para o setor, sendo R$ 1,15 bilhão para a ETH que investirá em três novas usinas; e R$ 634 milhões para a IACO Agrícola e para a Usina São Fernando.
Do total de R$ 6 bilhões aprovados em 2008, cerca de R$ 4,5 bilhões foi destinado à implantação de novas usinas, um volume 80% maior que o total registrado em 2007 e aproximadamente 30 vezes o valor aprovado em 2004. Segundo dados do BNDES, o tamanho médio das novas unidades industriais vem crescendo neste período. Em 2007, as usinas aprovadas tinham capacidade média de moagem de 1,7 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, enquanto em 2008 a média atingiu 2,5 milhões.
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