O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve financiar diretamente 70% da Hidrelétrica de Belo Monte, orçada pelo governo em R$ 19 bilhões. O banco assumirá o risco por R$ 13,5 bilhões do investimento, o limite máximo permitido para empréstimo a um único projeto, de acordo com seu atual patrimônio de referência. O BNDES marcou para esta quinta-feira (15) a divulgação das condições do financiamento do projeto. Segundo fontes ouvidas pelo Estado, o maior diferencial será uma linha inédita para a aquisição dos equipamentos pesados, como turbinas e transformadores, que representam um custo entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões, de acordo com cálculos do banco.
A aquisição dos bens de capital será feita com taxas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) que reduz os juros à metade. O prazo de pagamento foi fixado entre 25 e 30 anos, três vezes mais do que o período máximo já delimitado pelo banco até hoje (dez anos). Os benefícios especiais fazem parte do esforço do governo para atrair candidatos ao leilão.
Também o prazo de pagamento do empréstimo para a construção foi estendido para 30 anos, 5 mais do que o das duas grandes usinas do Rio Madeira. As condições gerais devem permanecer basicamente as mesmas das oferecidas para aquele complexo hidrelétrico (TJLP hoje em 6% ao ano, mais 0,5% e taxa de risco de crédito entre 0 5% e 2,5%). Mas a equipe técnica do banco calcula que o barateamento na aquisição das máquinas altere a estrutura do financiamento, reduzindo o custo geral em torno de 30%. As normas especiais de empréstimo serão aplicadas apenas aos equipamentos com índice de nacionalização de 60%, exigência do Finame.
Nesta quinta, o juiz federal Antonio Carlos Almeida Campelo, de Altamira (PA), concedeu hoje liminar que cancela a licença prévia ambiental (LP) do projeto da hidrelétrica de Belo Monte (PA) e suspende o leilão da usina, marcado pelo governo para 20 de abril. O pedido de liminar foi ajuizado pelo Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) no final da semana passada. A decisão ainda é passível de recurso perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou no início da noite de ontem que irá recorrer da liminar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Inconsistências, julgamento em plenário, Tarcísio como testemunha: o que diz a defesa de Bolsonaro
Mauro Cid reforça que não foi coagido em delação e pede absolvição ao STF
Em busca da popularidade perdida, governo anuncia alíquota zero de importação para baratear alimentos
Resultado da Petrobras justifica preocupação
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast